
O Governo do Brasil divulgou, nesta sexta-feira (24), um balanço parcial das ações de segurança pública e enfrentamento ao crime organizado, com resultados que consolidam 2024 como um dos anos mais expressivos no combate às facções criminosas.
Entre os principais destaques, estão a maior operação da história contra o crime organizado, realizada em agosto, e o recorde de apreensões de drogas e bens de origem ilícita em todo o país.
De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), o governo vem atuando de forma articulada entre Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e forças estaduais, com foco em inteligência, cooperação internacional e rastreamento financeiro.
“O Governo do Brasil não tolera o tráfico de drogas e atua com rigor e ações de inteligência, obtendo resultados históricos contra a espinha dorsal das organizações criminosas”, afirmou a Secom em nota.
Operações de grande impacto
Em agosto de 2025, o país assistiu à deflagração da maior ofensiva já realizada contra o crime organizado, que atingiu o núcleo financeiro de uma rede envolvida em lavagem de dinheiro e falsificação de combustíveis.
A ação foi conduzida a partir de investigações complexas e cruzamento de dados entre diferentes forças de segurança, o que permitiu identificar e bloquear patrimônios ilícitos bilionários.
Nesta sexta-feira, uma nova operação da Polícia Federal foi deflagrada contra uma quadrilha sediada em Passo Fundo (RS), acusada de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, ampliando a ofensiva nacional contra o narcotráfico.
R$ 7 bilhões em prejuízos às facções
A Polícia Federal registrou, somente em 2024, a apreensão de cerca de R$ 7 bilhões em bens e valores de organizações criminosas — mais que o dobro do valor bloqueado no ano anterior.
Segundo o governo, a estratégia é atingir o “coração financeiro” das facções, neutralizando seus intermediários e enfraquecendo suas redes de logística, transporte e distribuição.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também obteve resultados inéditos, com 850 toneladas de drogas apreendidas nas rodovias federais — o maior volume já registrado e um aumento expressivo em relação a 2023.
Avanço tecnológico e integração nacional
O número de operações federais de combate ao crime organizado praticamente dobrou entre 2022 e 2024, saltando de 1.875 para 3.393 ações.
Esse avanço, segundo o governo, está diretamente relacionado ao uso de tecnologias de rastreamento, sistemas de análise de dados e cooperação internacional, além da ampliação dos mecanismos de controle financeiro e de inteligência territorial.
PEC da Segurança Pública
O governo também destacou a importância da PEC da Segurança Pública, atualmente em tramitação no Congresso Nacional, que prevê a criação de novas ferramentas legais e administrativas para fortalecer a atuação integrada entre União, estados e municípios no combate às facções.
A proposta pretende institucionalizar o Sistema Nacional de Segurança Pública, garantindo recursos permanentes, intercâmbio de informações e atuação conjunta das polícias.
“A repressão isolada não basta. O crime é transnacional e exige integração, inteligência e cooperação em todos os níveis”, reforçou a nota oficial da Secom.










