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O governo dos Estados Unidos (EUA) anunciou, nessa quinta-feira (2/2), que monitora um balão espião da China sobrevoando o território norte-americano.

O general Pat Ryder, porta-voz da Defesa dos EUA, explicou em comunicado que o dispositivo está em grande altitude e “não representa um risco militar ou físico” para ninguém em solo e nem para a aviação civil. Ele também destacou que esta não é a primeira vez que um artefato do tipo é identificado nos últimos anos.

O governo norte-americano informou que o presidente Joe Biden foi informado, e que “agiu imediatamente” para se proteger contra a coleta de informações sigilosas. Também não há planos de derrubar o balão, porque os destroços podem representar uma ameaça aos cidadãos em solo.

Polarização

O dispositivo foi identificado em um momento de tensão entre as duas potências. No próximo fim de semana, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, desembarca na China, em uma tentativa de aliviar os ânimos.

O chefe da diplomacia norte-americana realizará reuniões no domingo (5/2) e na segunda-feira (6), para aprofundar o relacionamento bilateral e evitar que a competição entre as potências resulte em um conflito.

Na última semana, um memorando vazado deixou a comunidade internacional em estado de alerta. No documento, o general Mike Minihan, chefe do Comando de Mobilidade Aérea dos EUA, afirmou que os Estados Unidos e a China travarão uma guerra em 2025. O motivo seria uma tentativa de Pequim de tomar à força Taiwan, uma ilha autogovernada que o governo chinês não considera independente.

A pressão de Pequim sobre o território tem aumentado constantemente nos últimos anos. Sob o governo do presidente Xi Jinping, a China elevou a pressão por meios militares, políticos e econômicos.

Neste ano, mais de 1.700 incursões desse tipo foram realizadas pela China até o momento, em comparação com 969 em 2021 e apenas 146 em 2020, segundo a agências de notícias internacionais.

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