O jornalista Célio Jr., secretário de Estado de Comunicação Social, em nota distribuída no início da noite ontem (20), tentou num esforço supremo e pouco inteligível esboçar atabalhoada defesa para explicar que, ao contrário do entendimento do Ministério Público Federal (MPF), “amor à causa pública” e “arrumar a casa” não podem ser entendidos como clichês eleitoral.

Ora ora, como então? Leviandade do MPF ou desespero do provável candidato à reeleição?

Embora perspicaz e honesta, a recomendação do MPF extrapola os limites proporcionais da tolerância, da complacência e da piedade, concedidos ao governador Amazonino Mendes, useiro e vezeiro em transgredir, agride, desrespeitar e vilipendia a legislação eleitoral.

Os argumentos alinhavados por Célio Jr. são de tamanha pequenez que dispensam mais comentários. Apenas uma ressalva: o “judicioso” secretário de Comunicação não precisa desperdiçar tão “sábias” palavras para dizer que “o governador vai atender a recomendação do MPF dentro do princípio do bom relacionamento com os poderes”.

“Cala-te ou diga coisas que valham mais que o silêncio” (Pitágoras).

Veja a nota

Nota sobre recomendação do MPF ao Governo do Amazonas

Em relação à recomendação do Ministério Público Federal (MPF) sobre o uso dos termos “amor à causa pública” e “arrumar a casa”, o secretário de Estado de Comunicação, Célio Alves Rodrigues Júnior, informa que, em nenhum momento, os dois termos foram utilizados para promoção pessoal do governador Amazonino Mendes.

Pelo contrário, representam a linha de trabalho do novo governo que pauta o serviço público e o respeito aos amazonenses. 

Desta forma, o atual governo não deixará de fazer o que precisa ser feito para arrumar a casa e não vai abrir mão do amor à causa pública, que é o que move o governador a trabalhar no seu quarto mandato.

Mesmo tendo absoluta certeza de que não se trata de promoção de cunho pessoal, o governador vai atender a recomendação dentro do princípio do bom relacionamento com os poderes, como sempre manteve.

Assim, o Governo deixará de adotar nas próximas campanhas publicitárias, bem como nas assinaturas de todo o seu material de divulgação institucional, os termos “amor à causa pública” e “arrumar a casa”.

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