Policiais civis da 6ª DP (Cidade Nova) e da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) prenderam um homem em flagrante, nesta quarta-feira (16), por matar, esquartejar e esconder o corpo de outro em uma geladeira.

A vítima foi identificada como Thiago Lourenço Morgado e seu corpo foi encontrado em uma residência no Morro de São Carlos, na região Central do Rio pela DH com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Thiago Lourenço Morgado e Bruno Guimarães da Cunha Chagas moravam juntos e trabalhavam juntos em uma padaria. Outros funcionários estranharam a ausência de Thiago desde o último domingo e acionaram parentes.

Thiago Lourenço Morgado, de 35 anos, foi assassinado e esquartejado no Morro de São Carlos

Bruno admitiu que, na tentativa de ocultar o cadáver, cozinhou partes do cadáver e bateu no liquidificador. O objetivo era dispensar o corpo no vaso sanitário e dificultar a identificação do crime.

Segundo as investigações, Bruno esfaqueou a vítima após uma discussão entre os dois, no domingo (13). Após o assassinato, ele esquartejou Thiago e escondeu os restos mortais na geladeira da residência. A perícia foi feita no local e o corpo encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).

Bruno foi preso em flagrante por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. As investigações continuam para esclarecer todas as circunstâncias do caso.

Ao DIA, Geraldo Machado, tio de Thiago, contou que os familiares ficaram devastados ao saber da forma como o sobrinho morreu. A vítima foi vista pela última vez na noite do dia 12 de julho depois de deixar o trabalho, em Vista Alegre, na Zona Norte. O corpo foi encontrado esquartejado, nesta quarta-feira (16), dentro da geladeira da residência que morava com o amigo.

“Está todo mundo sem chão. Ficamos perplexos com a situação. Era uma pessoa querida por todos. Espero que a justiça do homem seja feita e a de Deus também. Estamos sofrendo muito. Thiago estendeu a mão para o rapaz, abrindo a porta da casa dele, arrumando emprego para ele. A ficha ainda não caiu. Ficamos sem palavras com a situação. Está todo mundo fora do ar”, comentou.

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“O Thiago era um menino muito bom, ficava fora de confusão. Era um menino de coração enorme e ajudava as pessoas, como ajudou esse cidadão até arrumando emprego. Ele trabalhava lá na padaria com o Thiago. Como responsável por uma empresa, você tem autonomia de chamar atenção do seu funcionário. Acredito que o Bruno não tenha gostado e os dois moravam na mesma casa. O cara aproveitou e fez o que fez, terminando nessa brutalidade”, disse.

Após o caso, Geraldo fez uma postagem nas redes sociais contando que Thiago confiava em Bruno e o tratava como um irmão. Com toda a situação, o tio fez um alerta para que casos como o do sobrinho não voltem a ocorrer.

“Thiago estendeu a mão a um conhecido, arranjando emprego e, mais do que isso, acolhendo essa pessoa em sua própria casa, como um verdadeiro irmão. Foi justamente essa confiança que acabou se tornando fatal. Thiago foi covardemente assassinado por quem ele ajudou. Fica o alerta a todos: tomem muito cuidado ao colocar estranhos dentro de casa, nem todo mundo merece a confiança e o acolhimento que um coração puro oferece. Que a justiça dos homens seja feita e que a justiça de Deus, que nunca falha, também se cumpra”, escreveu o familiar.  

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