
A partir de agosto, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) passarão a ser atendidos também em hospitais privados e filantrópicos, como parte do programa “Agora Tem Especialistas”, lançado oficialmente pelo governo federal nesta terça-feira (24/6). A iniciativa tem como principal objetivo reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias especializadas, utilizando a infraestrutura ociosa da rede privada de saúde.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o programa representa uma mobilização nacional para enfrentar um dos maiores gargalos da saúde pública brasileira. O custeio dos atendimentos será feito por meio de acordos de compensação de dívidas que hospitais privados possuem com o poder público.
“Queremos transformar dívida que o governo não consegue recuperar em atendimento real: consultas, exames, cirurgias. É cuidar da saúde da nossa população com o que já existe de infraestrutura ociosa”, explicou Padilha.
Critérios de seleção e transparência
A escolha dos hospitais que participarão do programa seguirá critérios específicos. Segundo o ministro, a prioridade será dada a instituições que atendem exclusivamente pelo SUS. Em seguida, serão considerados os hospitais que já prestam serviços ao sistema público e que oferecem programas de residência médica.
Para garantir transparência e eficiência, será implantado um painel nacional de monitoramento dos tempos de espera, com dados integrados dos municípios, estados e do governo federal. A plataforma também será alimentada pelas instituições privadas que aderirem à iniciativa.
“O que estamos valorizando nesse mecanismo é saber onde estão os médicos especialistas, onde estão os equipamentos, e levar o paciente do SUS até esses locais. O Ministério não organiza a fila, ele estrutura a oferta. A gestão da fila continua sendo dos complexos reguladores estaduais e municipais”, destacou Padilha.
O programa “Agora Tem Especialistas” é mais uma ação do governo federal para ampliar o acesso da população à atenção especializada em saúde, utilizando de forma inteligente os recursos já disponíveis no país.
Com informações de Metrópoles










