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O influenciador Hytalo Santos e o marido, Israel Nata Vicente, conhecido como Euro, se tornaram réus nesta terça-feira (23/9) por produção de conteúdo pornográfico com crianças e adolescentes. Os dois, que estão presos desde o dia 15 de agosto, já respondem pelos crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil, por expor menores de idade nas redes sociais. As informações são da coluna de Fábia Oliveira.

Decisão

A 2ª Vara Mista de Bayeux aceitou parcialmente uma denúncia feita pelo Ministério Público da Paraíba. Além do crime de produção de conteúdo pornográfico com crianças e adolescentes, previsto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), Hytalo e Euro também foram denunciados por crimes de tráfico de pessoas, exploração sexual de criança e adolescente e favorecimento da prostituição.

A decisão da Justiça determinou o desmembramento do processo, de forma que outros três crimes denunciados devem ser analisados pela Vara Criminal do município.

No texto, o juiz Bruno Cesar Azevedo Isidro afirmou que a Vara da Infância e Juventude só tem competência para julgar crimes previstos no ECA, e não os que estão no Código Penal, e por isso, aceitou parcialmente o pedido do Ministério Público. Assim, o caso foi desmembrado e a denúncia foi enviada para análise da Vara Criminal de Bayeux.

Relembre:

O influenciador Hytalo Santos foi preso em 15 de agosto em uma casa localizada na cidade de Carapicuíba, na Grande São Paulo. A prisão ocorreu em cumprimento a mandados expedidos pela Justiça da Paraíba. O marido do influencer também foi preso na operação.

O caso ganhou notoriedade nacional após um vídeo do youtuber Felca viralizar e expor o conteúdo divulgado por Hytalo, que mostrava crianças e adolescentes de forma sexualizada. As investigações que culminaram na prisão estavam em andamento desde 2024. A prisão do influencer e seu marido é preventiva. Recentemente, a Justiça negou o pedido de habeas corpus, mantendo o casal preso.

Segundo o Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), as investigações revelaram um modus operandi estruturado e premeditado, voltado à exploração sexual de crianças e adolescentes. Dados levantados apontam que Hytalo se utilizava de artifícios de fraude, como promessas de fama e vantagens materiais, para atrair vítimas em situação de vulnerabilidade.

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