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O fazendeiro Marcos Mendonça, de 23 anos, que aparece em um vídeo sendo agredido por policiais militares durante uma abordagem em Paineiras, município na região central de Minas Gerais, afirmou ter ficado desacordado após a sequência de agressões. “Iam me matar”, desabafou o jovem, em entrevista ao G1.

Nas imagens gravadas por uma testemunha, Mendonça é imobilizado no chão por um policial, enquanto outro militar dá vários golpes em sua cabeça. A namorada dele, Maisa Campos, tenta intervir, mas também é atingida por um soco no rosto, desferido por um dos agentes.

Segundo o jovem, ele mora em Belo Horizonte, mas estava de passagem em Paineiras, onde tem uma fazenda de criação de gado. Na noite de sexta-feira (12/8), se reuniu com Maisa e alguns amigos na praça central da cidade, para beber e se divertir, quando alguém soltou uma bomba. Logo após o barulho, PMs que estavam próximo teriam acusado o rapaz de ter soltado o artefato e deram voz de prisão.

“Não foi eu. E quando fui saber porque estavam me prendendo, eles já me jogaram por cima da minha namorada, me derrubaram e começaram a me dar muitos socos, inclusive, quando eu já estava imobilizado. Eles me machucaram demais, a ponto de me desmaiar. Estava desmaiado e apanhando, iam me matar. Minha namorada entrou pra tentar me ajudar e ainda deram um soco no rosto dela”, relatou.

Marcos diz que ele e namorada foram levados de viatura, onde teria sido agredido novamente pelos policiais. “Me deram mais uns tapas e fecharam a porta na minha perna. Depois, nós fomos para o hospital fazer corpo de delito e, em seguida, me levaram para Bom Despacho, na delegacia da Polícia Civil. Eu fiquei algemado o tempo todo. Estava atrás da viatura, sangrado. Eu poderia ter tido uma fratura, ter morrido lá atrás e nem iam perceber. Bateram muito na minha cabeça”, contou.

Segundo o jovem, ele ficou algemado na cela até a chegada do advogado, momento em que foi liberado.

Resistência à abordagem

Em nota, a Polícia Militar de Minas Gerais informou que o jovem de 23 anos teria oferecido resistência à abordagem e não mencionou a agressão à Maísa.

Ainda segundo a PM, foi instaurado um procedimento para “apuração criteriosa dos fatos e adoção de medidas cabíveis”. (Metrópoles)

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