Após a repercussão do resgate de uma onça-pintada criada como pet no interior do Amazonas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) esclareceu os procedimentos adotados no caso. O felino, entregue voluntariamente à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santo Antônio do Içá (SEMA-SAI), foi transferido para Manaus, onde recebe tratamento especializado no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).
Segundo o Ibama, a SEMA-SAI acionou o Instituto por não ter estrutura para manter a onça sob seus cuidados. O animal foi inicialmente levado para Tefé, onde recebeu atendimento de um médico-veterinário. Em seguida, com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), foi transportado para a capital amazonense. Atualmente, a onça está sob monitoramento contínuo por uma equipe formada por biólogos e veterinários.
Cuidados e estrutura especializada
O Cetas do Amazonas é referência no atendimento a animais silvestres resgatados, contando com equipe qualificada, serviços médicos-veterinários contratados e um sistema de fornecimento contínuo de alimentos e medicamentos. O centro opera 24 horas por dia, garantindo atendimento adequado para diversas espécies em processo de reabilitação.
O Ibama reforçou que segue protocolos rigorosos para assegurar que os animais sejam tratados e, sempre que possível, preparados para a reintegração à natureza. O acesso às unidades do Cetas no Brasil é restrito, sendo permitido apenas mediante solicitação e aprovação técnica, conforme estabelecido pela Instrução Normativa 05/2021. Essa medida visa proteger tanto os servidores quanto os animais em processo de adaptação ao ambiente selvagem.
Compromisso com a fauna e esclarecimento à população
Diante da comoção gerada pelo caso da onça-pintada filhote, o Ibama garantiu que o animal está recebendo todos os cuidados necessários e que a instituição permanece comprometida com a proteção da fauna silvestre. O Instituto também destacou que, até o momento, é a única entidade responsável por essa atividade no estado do Amazonas.
“Nosso compromisso é garantir a segurança e o bem-estar dos animais silvestres sob nossos cuidados. Agradecemos a preocupação de todos e seguimos empenhados em prestar o melhor atendimento possível”, afirmou o Ibama em nota oficial.
O caso levanta discussões sobre a guarda de animais silvestres por particulares e reforça a importância da atuação dos órgãos ambientais na proteção da biodiversidade. O Ibama segue monitorando a situação da onça e manterá a população informada sobre sua evolução e os próximos passos no processo de reabilitação.
