A passagem repentina do indígena do povo Sateré-Mawé, Edson Miquiles, 20 anos, pela comunidade evangélica Betel, na Valéria, serra de Parintins, divisa do Amazonas com o Pará, teve desfecho trágico para uma família com a morte bárbara de uma criança. O nativo, proveniente da Aldeia Umirituba, Rio Andirá, que chegou a Parintins pelo Rio Uaicurapá, confessou ter abusado sexualmente, matado e sumido com o corpo de uma menina de cinco anos na noite da segunda-feira (14).
Moradores espancaram o autor do crime bárbaro e o entregaram aos policiais militares que chegaram à comunidade ainda durante a noite para atender a ocorrência. O acusado deu entrada primeiramente no Hospital Padre Colombo para curativo dos ferimentos causados pelas sucessivas agressões físicas e depois foi apresentado na Delegacia de Polícia Civil, na qual prestará depoimento ao delegado Adilson Cunha, na tarde da terça-feira (15).
O corpo da criança foi encontrado na manhã da terça-feira (15) no Lago da Valéria e conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia, de onde houve a liberação para enterro por volta das 12h. O coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai), Sérgio Betel, vai acompanhar o depoimento do acusado e comunicará a prisão à Coordenação Regional de Manaus. Edson Miquiles responderá pelo crime da mesma forma que um não indígena.
O delegado Adilson Cunha informou que as investigações apontam que o suspeito atraiu a criança com um celular para a margem do Lago da Valéria, onde a abusou sexualmente, a matou afogada e a amarrou dentro d’água para ocultar o corpo. O acusado está preso em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável e homicídio duplamente qualificado. O delegado Adilson Cunha irá representar pela prisão preventiva do indígena que veio do Rio Andirá e morava há pouco tempo em Parintins.
Preso acusado de estuprar, matar e ocultar corpo de menina na Valéria, em Parintins







