Indígena mostra crateras deixadas às margens do Negro (Foto: Leitor do Fato Amazônico)

A invasão das terras yanomami por milhares de garimpeiros ilegais tanto no estado de Roraima quanto no Amazonas é apenas a pontinha menor do iceberg.

Embora as ações das Forças Armadas e do aparelho repressor do estado como um todo tenham marcado forte presença nos primeiros meses do ano nas terras Yanomami com o firme propósito de expulsar garimpeiros e reprimir o garimpo ilegal em outras áreas mais remotas do estado o garimpo é praticado “livre e abertamente”.

Na comunidade do Malalara, no município de Santa Isabel do Rio Negro, rica em nióbio, ouro, diamante e outros minerais, por exemplo, as crateras deixadas às margens do Negro denunciam a exploração mineral naquelas terras, habitada por yanomamis, livremente.

As crateras denunciam, também, que a exploração é resultado da falta de fiscalização, da ineficácia e da ausência do estado que, de porteiras abertas, tem facilitado a invasão dos territórios indígenas.

E o resultado é um só: proliferação de doenças, entrada da droga e bebida alcoólica, prostituição e outras mazelas que arrastam com ela a fome, a miséria, e solapam a cultura dos povos tradicionais.

A invasão da comunidade do Malalara foi registrada pelo indígena Dionísio Wagner e será denunciada às autoridades do município.

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