O clima de tensão no Sul do Amazonas deve esquentar ainda mais com o anuncio feito pelos índios Tenharim Marmelos, que a partir do dia 1 do próximo mês (fevereiro) eles voltam a cobrar os pedágios na Transamazônica (BR-320). O anuncio foi feito numa reunião com general Eduardo Villas Bôas, comandante militar da Amazônia, do corregedor do Ministério Público Estadual, José Roque Marques e do general Ubiratan Poty, comandante da 17.ª Brigada de Porto Velho.

Na reunião com os índios, além de informarem que vão reabrir no dia primeiro de fevereiro os pedágios, deixaram claro ainda que em caso de um novo ataque dos moradores eles vão explodir as pontes e isolar a reserva.

Enquanto índios e a comitiva do general Villas Bôas, estavam reunidos, moradores de Apuí, Humaitá e Santo Antônio do Matupi, coletavam assinaturas em um documento que solicita o fim da “extorsão” (cobrança de pedágio) na rodovia Transamazônica e a punição dos culpados pelo desaparecimento do professor Stef Pinheiro de Souza, do comerciante Luciano Ferreira Freire e o técnico Aldeney Ribeiro Salvador.


Revoltados, moradores no mês passado destruíram os postos de cobranças de pedágios

Para os moradores, a volta da cobrança ilegal e injustificada de pedágio pelos índios com certeza acabará em tragédia e no derramamento de sangue. A prova disso está no ato, realizado em Humaitá, quando mais de 3 mil pessoas foram as ruas e atearam fogo em prédios, carros e uma embarcação da Funai.

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