Reprodução/Internet

A Polícia Federal (PF) cumpriu, na tarde dessa segunda-feira (18/8), um mandado de prisão preventiva contra um influenciador digital conhecido em Rondônia (RO). O homem é investigado por ter deixado uma mochila com um falso explosivo no Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho, na última quinta (14).

O suspeito, identificado como Carlos Eduardo Lenartowicz Lima, conhecido na internet como “Enzo Master”, se apresentou na superintendência da Polícia Federal (PF) acompanhado de seu advogado.

A PF informou que, após a prisão, foram adotados os procedimentos legais cabíveis e o detido foi encaminhado à unidade prisional da capital, onde permanecerá à disposição da Justiça.

As investigações continuam com a coleta de elementos informativos de autoria e materialidade, visando garantir a segurança aeroportuária e a proteção da sociedade.

Na quinta (14), após localizar a mochila suspeita, uma força-tarefa foi implementada pelas forças de segurança. O aeroporto ficou isolado por cerca de quatro horas.

A versão do influencer

À coluna, o advogado Chediak, que representa a defesa do influencer, declarou que a atitude foi impulsionada pelo sonho do jovem de “se tornar famoso”.

“Como todo jovem da atualidade, o Carlos sonha em ser famoso, ele é um youtuber e fã de um outro influencer chamado “Buzeira”, salvo engano. Segundo ele, querendo fazer contato com esse influencer, realizou a simulação de bomba e colocou um bilhete dentro, deixou no aeroporto e ligou para a polícia”, detalhou Chediak.

O advogado explica que, na cabeça do influencer, os vigilantes do aeroporto identificariam como uma bomba falsa e, a partir disso, a carta ganharia repercussão.

“Ele acreditou que a repercussão levaria ele aos anseios dele, à vontade de se aproximar do ‘Buzeira’, esse então influencer”, explicou o advogado.

O advogado destacou, ainda, que Carlos Eduardo está triste e ansioso. “Está roendo as unhas e se tremendo todo perante às autoridades, ao saber que ficará recolhido com presos faccionados, já convictos de suas atividades criminosas.”

“Carlos Eduardo errou, mas a conduta dele não tipifica qualquer outro enquadramento jurídico, senão provocar alarme falso, que é uma contravenção penal”, disse a defesa.

Carlos Eduardo tinha cerca de 10 mil seguidores antes do ocorrido, conquistados, segundo o advogado, após publicar um vídeo em que aparecia se jogando em um chafariz localizado dentro d eum shopping em Porto Velho. As redes sociais, porém, foram desativadas depois do episódio no aeroporto.

“Buzeira” é o apelido de Bruno Alexssander Souza Silva, influenciador digital conhecido que ficou famoso durante a pandemia de covid-19 ao fazer rifas on-line de carros, motos e itens de luxo. Atualmente, o homem acumula mais de 15 milhões de seguidores.

Com informações de Metrópoles.

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