Lucas Picolé e Mano Queixo foram presos pelo delegado Cícero Túlio

A prisão dos influenciadores João Lucas da Silva Alves, o “Lucas Picolé” e Enzo Felipe da Silva Oliveira, o “Mano Queixo”, acusados de fraudes na venda de rifas falsas pelas redes sociais, foi destaque na noite deste sábado (1º) no Jornal Nacional.

De acordo com a reportagem de Alexandre Hisayasu, da Rede Amazônica, os influenciadores digitais movimentaram mais de R$ 5 milhões em um ano. Na quinta-feira (29), os dois influencers foram presos e a influenciadora, Isabelly Aurora, também foi alvo da Operação Dracma, desencadeada pela Polícia Civil, em Manaus.

A pedido do delegado Cícero Túlio, que comandou a operação, à justiça determinou o sequestro dos bens de Lucas Picolé, Mano Queixo e Isabelly Aurora.

Ainda de acordo com a reportagem do Jornal Nacional, as investigações apuraram que após um sorteio realizado em maio deste ano o suposto vencedor de rifa, identificado como Talison de Sousa, ganhou 10 motos 0km.

Mas, segundo Cícero Túlio, tudo não passou de uma fraude e o dinheiro arrecadado teria sido dividido entre ele e Lucas Picolé. Talison não quis falar com a reportagem do Jornal Nacional.

“As motocicletas já se encontravam em nome dessa pessoa que figurou como ganhador antes do sorteio ter sido realizado. E isso é um forte indício de que há um esquema fraudulento, inclusive no resultado, na manipulação dos resultados de sorteios”, disse o delegado.

Cícero Túlio informou que no Brasil somente se possibilita a atuação de rifas de forma filantrópica, sem cunho, a fim de obter recursos financeiros. Fora isso, para que haja a veiculação de rifas, deve haver por parte da pessoa que opera esse sistema, uma autorização do Ministério da Economia para que haja alguma forma de fiscalização e auditoria sobre o resultado dessas premiações.

Alvos

A funcionária pública Flávia Ketlen Matos da Silva, cunhada de Lucas Picolé, também alvo da operação da Polícia Civil, acabou presa flagrante por venda de produtos falsificados na Loja Lucca Conceito, no Parque Dez.

Mas ganhou liberdade na audiência de custódia na última sexta-feira (30). De acordo com o delegado Cícero Túlio, ela não é influenciadora.

Flávia Ketlen Matos, alvo da operação foi presa, mas ganhou liberdade na audiência de custódia

“Ela (Flávia) opera auxiliando na lavagem de capitais. Ela figura na empresa do Picolé, onde são vendidos produtos falsificados e utiliza a conta dela para receber o dinheiro da compra desses produtos ilegais e das rifas. Por conta disso, ela também encontra-se na investigação da lavagem de dinheiro. Na manhã desta quinta-feira, foram encontrados diversos cupons fiscais em seu nome como recebedora de valores dessa prática criminosa”, disse o delegado.

A influenciadora Isabelly Aurora Simplício Souza, também foi alvo da Operação Dracma.

Os advogados de defesa afirmaram em nota que Isabelly Aurora sempre se colocou à disposição das autoridades competentes e tem cooperado plenamente com as investigações em curso, tendo inclusive entregue de forma espontânea um dos automóveis objeto de busca e apreensão mesmo após a realização da ação policial em sua residência.

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