
O inquérito que apura a morte do serial killer Lázaro Barbosa, ocorrida em junho de 2021 após uma intensa perseguição policial no Distrito Federal e em Goiás, será reaberto. A decisão judicial, em segredo de Justiça, foi motivada por “falhas graves” identificadas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) na investigação sobre a conduta dos policiais militares envolvidos na captura e execução de Lázaro.
Embora a Corregedoria da Polícia Militar de Goiás (PMGO) tenha concluído, em inquérito interno, que os agentes agiram em legítima defesa, o procedimento encaminhado à Polícia Civil de Goiás (PCGO) e, posteriormente, ao MP, apresentou vícios de investigação. Fontes revelaram que o MP identificou a ausência de diligências básicas, como a falta de oitivas de testemunhas e depoimentos dos próprios policiais envolvidos. Laudos periciais essenciais, como o cadavérico de Lázaro Barbosa e o registro detalhado do local da morte, também não constavam no material. Além disso, embora Lázaro tenha sido socorrido com vida, o inquérito não apresenta relatórios médicos completos.
Novas Diligências e Responsáveis: Entre as novas diligências determinadas estão o depoimento de policiais e familiares de Lázaro, bem como o fornecimento de imagens de câmeras de segurança da região onde ocorreu a captura. A investigação ficará a cargo da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, que terá um prazo de até 80 dias para apresentar um novo parecer.
Os policiais Edson Luis Souza Melo Rocha, Cleiton Pereira de Paula, Ronyeder Rogis Silva, Arivan Batista Arantes e Joubert Teodoro Alves estão sob investigação pela morte do criminoso.
O Caso Lázaro Barbosa: Lázaro Barbosa morreu em 28 de junho de 2021, após ser atingido por 38 tiros, dos quais 14 projéteis foram localizados em seu corpo, em uma ação que envolveu 125 disparos. O serial killer esteve foragido por 20 dias, período em que aterrorizou a população após assassinar brutalmente quatro pessoas da mesma família em Ceilândia (DF). Em 9 de junho, Lázaro invadiu a chácara da família Vidal, matando Cláudio Vidal de Oliveira (48), Gustavo Marques Vidal (21) e Carlos Eduardo Marques Vidal (15). A mulher de Cláudio, Cleonice Marques de Andrade (43), foi sequestrada e seu corpo encontrado três dias depois, com um tiro na cabeça e indícios de violência sexual.
Com informações de Metrópoles










