
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (2/12), a Operação Má Conduta, uma nova ação voltada a coibir tentativas de interferência em um inquérito que apura fraudes previdenciárias.
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Porto Real do Colégio (AL) e Aracaju (SE).
A ação é um desdobramento direto da Operação Átropos, deflagrada em outubro, que revelou um esquema envolvendo um servidor do INSS e advogados, responsável por causar um prejuízo estimado em quase R$ 1,1 milhão aos cofres públicos.
O grupo é suspeito de forjar documentos, manipular benefícios e burlar sistemas internos da autarquia.
Coação para alterar depoimentos
Segundo a PF, após a primeira fase da investigação, surgiram indícios de que alguns dos investigados passaram a pressionar testemunhas com o objetivo de alterar relatos já prestados.
As tentativas incluíam orientações explícitas para que pessoas ligadas ao caso mentissem ou omitisse fatos, o que levantou alerta para risco de obstrução.
As diligências realizadas nesta terça têm como objetivo preservar a integridade da investigação, garantir a segurança das testemunhas e impedir que novas tentativas de manipulação do inquérito ocorram.
Crimes em apuração
Além das acusações de estelionato previdenciário e associação criminosa que motivaram a Operação Átropos, os investigados agora poderão responder também por coação no curso do processo, crime previsto no Código Penal para quem tenta influenciar, intimidar ou constranger testemunhas.
Com informações de Metrópoles.










