O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Bagheri Kani, emitiu um comunicado, nesta quarta-feira (7/8), no qual ele fala sobre como o país reagirá à morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, ocorrida em Teerã há uma semana.
Kani afirma no texto que a resposta do país ocorrerá “no momento certo e da melhor forma”. O documento diz, ainda, que a morte de Haniyeh não teria ocorrido sem o consentimento e apoio dos Estados Unidos.
A posição do ministro é de que não resta opção a Teerã que não seja a de se defender, diante das violações israelenses. A iminência de uma guerra entre Irã e Israel tem gerado temor na região.
Também nesta quarta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comentou sobre o caso, durante encontro com novos recrutas.
“Sei que os cidadãos de Israel estão em alerta, e peço uma coisa a vocês: mantenham a paciência e a calma. Estamos preparados tanto para a defesa quanto para o ataque. Estamos atacando nossos inimigos, e também estamos determinados a nos defender”, expressou.
Pressão no mundo
O comunicado do ministro iraniano surge em um momento de pressão internacional. Vários países pressionam o Irã para evitar a escalada da violência no Oriente Médio.
O presidente francês, Emmanuel Macron, falou por telefone com o novo presidente do Irã, Massoud Pezeshkian, e solicitou que ele faça de tudo para evitar novos confrontos.
Essa informação foi divulgada nesta quarta em comunicado do Palácio do Eliseu. Macron teria dito que o ciclo de violência deve parar e que o Irã precisa recorrer aos “atores desestabilizadores que apoia” para que eles se contenham.
Morte após ataque de Israel
O líder do Hamas morreu na capital do Irã, após um ataque. De imediato, o país e o grupo terrorista acusaram Israel de terem assassinado Haniyeh. O caso ocorreu horas depois de ele ter participado da posse do novo presidente iraniano.
Até o momento, autoridades israelenses não assumiram a responsabilidade do ataque. O líder do Hamas morreu após a detonação de uma bomba colocada em uma base militar em Teerã.
