De acordo com os testemunhos, vans sem placas, de acordo com relatos de mídia social que surgiram do país quando os protestos contra o regime entraram em sua quarta semana. Também segundo um grupo de direitos humanos do Irã baseado na Noruega, pelo menos 185 pessoas morreram durante as manifestações, incluindo 19 crianças. O governo iraniano nega tanto o sequestro dos alunos quanto as mortes.
De qualquer modo, todos os colégios e faculdades estão de portas fechadas na região do Curdistão iraniano neste domingo (9/10). Enquanto isso, imagens mostram centenas de estudantes e mulheres cortando os cabelos e protestando em várias partes do país.
No sábado, a TV estatal do Irã foi invadida por hackers. Durante alguns segundos, a imagem do líder religioso Ali Khamenei, em uma reunião com autoridades, foi substituída por uma foto dele sob mira de uma arma e em chamas. O grupo Edalat-e Ali reivindicou a responsabilidade pelo ataque. Na tela, as palavras “junte-se a nós e levante-se”.
Veja momento em que o ataque hacker acontece:
As autoridades do país, governamentais e religiosas, dizem que as manifestações mostram a “alienação” dos jovens em relação às leis e o desrespeito pelos mais velhos. O presidente Ebrahim Raisi se reuniu com autoridades de segurança para aumentar a repressão. E apesar das fotos de vans chegando às escolas, o ministro da Educação iraniano, Mohammad Mahdi Kazem, afirmou que não há qualquer movimento do tipo no país.
A revolta ficou ainda maior depois que um relatório do legista estadual, na sexta-feira (7/10), disse que a morte de Amini não foi causada por nenhum golpe na cabeça e nos membros. E que, na verdade, ela morreu por condições médicas existentes. Mais exatamente, um tumor na cabeça, explicação rejeitada com veemência pela família. Com informações de Metrópoles.