Carla Lima, irmã da amazonense Clísia Lima da Silva, de 35 anos, vítima de feminicídio, trouxe à tona uma mensagem poderosa sobre a violência doméstica nas redes sociais. Em uma publicação no Instagram, Carla revelou que Clísia, dias antes de ser morta, registrou uma foto fazendo o “sinal de socorro” — um gesto silencioso amplamente utilizado para indicar que a pessoa está em perigo. No entanto, a irmã acredita que o medo a impediu de buscar ajuda ativa.

O corpo de Clísia foi encontrado na represa do rio Jaguari, em Piracaia (SP), e o principal suspeito do crime é seu companheiro, Edson Fernando Sales Cardoso, de 36 anos, que foi preso por determinação judicial.

Na postagem, Carla declarou: “Clísia, minha irmã, infelizmente foi vítima de feminicídio. Antes disso, ela tentou mostrar que estava em perigo fazendo esse gesto, porém, o medo falou mais alto. Ela estava tentando dizer que precisava de ajuda por meio do sinal que fez com a mão, mas infelizmente não conseguiu compartilhar as imagens.”

Ela também ressaltou a importância de reconhecer o “sinal de socorro” como uma súplica silenciosa, incentivando a sociedade a agir quando esse gesto for identificado: “Se você ver alguém fazendo esse gesto, leve a sério. Pode ser um pedido de socorro. Nesse caso, tente falar com a pessoa com calma e, se possível, ligue para a polícia ou peça ajuda de outra forma, sem alertar o agressor.”

O gesto, criado como um pedido silencioso de ajuda, foi desenvolvido para situações de perigo, permitindo que a vítima sinalize sem precisar se expressar verbalmente, especialmente quando o agressor está próximo. Casos como o de Clísia reforçam a urgência de ações preventivas e de apoio, sensibilizando para a importância de identificar esses sinais e agir de forma rápida e segura.

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