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Mariana Marins, irmã de Juliana Marins, em entrevista nesta quarta-feira (2/7), expressou gratidão às autoridades e aos órgãos envolvidos no repatriamento do corpo da brasileira, que morreu após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia.

Hoje, Mariana esteve no Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio de Janeiro, onde foi feita nova autópsia do corpo da publicitária, de 26 anos. Em uma fala breve à imprensa, a irmã da vítima também fez um apelo:

“Agora, a gente espera o laudo, que demora alguns dias por causa dos exames que precisam ser feitos na minha irmã. Muito obrigado ao IML, à PGE, à União e à Polícia Federal. Sem toda essa ajuda e comoção, a gente não teria conseguido trazer Juliana para o Rio tão rápido, nem realizar essa autópsia. Meu pedido é: não esqueçam Juliana”, pediu a irmã.

A análise foi iniciada às 8h30 e durou duas horas e meia. Mariana acredita em negligência no resgate da irmã. “Quando a pessoa fica desaparecida é muito ruim. Fica uma expectativa constante. Então, é bom saber que Juliana está aqui, para que a gente consiga dar esse adeus digno a ela”, destacou.

O corpo foi liberado para a família às 11h. A cerimônia de despedida de Juliana será no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói, e está marcado para esta sexta-feira (4/7). Porém, até a última atualização desta reportagem, o horário ainda não tinha sido definido.

Nova necrópsia do corpo

O exame no corpo da brasileira foi realizado por dois peritos legistas da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ). A nova autópsia foi solicitada pela família da vítima, representada pela DPU, que apontou inconsistências no atestado de óbito emitido pela Embaixada do Brasil em Jacarta. O laudo preliminar deve ser entregue em até sete dias.

A família espera que a nova perícia ajude a esclarecer detalhes como a data e o horário exato da morte, além de verificar se houve alguma omissão de socorro por parte das autoridades locais.

A primeira autópsia, feita na Indonésia cinco dias depois do ocorrido, revelou traumas com fraturas, lesões internas e hemorragia intensa, sugerindo que Juliana teria falecido cerca de 20 minutos após a queda.

No entanto, os familiares ainda acreditam que algumas dúvidas continuam sem resposta.

Ela viajou para fazer um mochilão pela Ásia e estava na trilha com outros turistas, que contrataram uma empresa de viagens da Indonésia para o passeio. Juliana Marins deslizou por uma vala enquanto fazia a trilha do vulcão Rinjani.

O que mostrou a primeira autópsia

A primeira autópsia no corpo de Juliana Marins foi realizada em um hospital na ilha de Bali, na Indonésia, logo após a remoção do corpo do Parque Nacional do Monte Rinjani, na quarta-feira (25/6). O procedimento foi conduzido na quinta-feira (26/6), e os resultados foram divulgados em uma entrevista coletiva no dia seguinte (27/6).

Segundo o médico-legista responsável pelo exame, Ida Bagus Putu Alit, Juliana morreu em decorrência de múltiplas fraturas e lesões internas provocadas por um forte impacto.

“Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Por quê? Devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas — praticamente em todo o corpo, incluindo órgãos internos do tórax. [Ela sobreviveu por] menos de 20 minutos”, afirmou. O legista também descartou a possibilidade de hipotermia. As informações são de Metrópoles.

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