Ali Jadallah/Anadolu Agency via Getty Images)

O Exército israelense lançou uma ofensiva nesse domingo (23/3) em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, enquanto continua suas operações no norte, cinco dias após romper o cessar-fogo com o Hamas.

Nesse domingo, as Forças Armadas israelenses pediram que os moradores do bairro de Tel al-Sultan, em Rafah, evacuassem o local, onde alegaram lançar “uma ofensiva para atacar organizações terroristas”.

A mensagem foi escrita em cartazes lançados por drones, de acordo com correspondentes da AFP em Gaza. Mais tarde, o Exército anunciou que havia “completado o cerco” da área.

Em 2024, o Exército israelense já havia realizado uma ofensiva em larga escala nesta cidade na fronteira com o Egito, onde se reuniam centenas de milhares de habitantes do território sitiado, deslocados pelos combates ao norte do enclave.

Após várias semanas de desacordo com o Hamas sobre como continuar a trégua que entrou em vigor em 19 de janeiro, Israel retomou seus bombardeios em Gaza na terça-feira (18/3), antes de enviar tropas de volta ao solo, em um esforço para forçar o movimento islâmico a devolver os 58 reféns que ainda mantém.

A retomada das operações militares no território palestino já fizeram 673 mortos desde terça-feira (18/3), segundo o Ministério da Saúde do Hamas, além de forçarem milhares de moradores de Gaza a fugir novamente em meio às ruínas.

Morte de membro do Hamas

Um ataque israelense nesse sábado (22/3) matou um alto funcionário do Hamas, Salah al-Bardawil, e sua esposa na região de Khan Younis durante a noite. Este é o terceiro membro do gabinete político do Hamas a ser morto desde a retomada dos bombardeios.

Salah al-Bardawil, de 66 anos, era uma personalidade conhecida no Hamas, ao qual se juntou quando foi fundado em 1987. Porta-voz do partido islâmico, autor de vários artigos sobre a questão palestina e detido por um tempo por Israel em 1993, Salah al-Bardawil foi eleito para o conselho legislativo em 2006 na lista “Mudança e Reforma” do Hamas, tornando-se então membro de seu bureau político em 2021.

O movimento islâmico confirmou, no domingo, que Salah al-Bardawil e sua esposa foram mortos em uma tenda em al-Mawasi, na região de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.

A mídia afiliada ao Hamas e fontes palestinas relatam que o ataque ocorreu em uma área que abrigava pessoas deslocadas, sem uma distinção clara — acordo com o Ministério da Saúde de Gaza — entre combatentes e civis. Várias mulheres e crianças morreram nos ataques.

O exército também disse que lançou operações em Beit Hanoun, no norte do território. “Durante a operação, caças atingiram vários alvos do Hamas”, informou.

O governo israelense cortou a ajuda humanitária ao território palestino em 2 de março e depois parou de fornecer eletricidade para a principal usina de dessalinização de água, piorando uma situação já terrível para os 2,4 milhões de habitantes de Gaza.

Com informações de Metrópoles.

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