Israel cortará o fluxo de eletricidade na Faixa de Gaza imediatamente, disse o Ministro de Energia israelense Eli Cohen em uma declaração neste domingo (9).
“Acabei de assinar uma ordem para a interrupção imediata da eletricidade na Faixa de Gaza”, disse Cohen.
“Operaremos todas as ferramentas que estão à nossa disposição para garantir o retorno de todos os reféns”, disse ele, acrescentando que Israel garantirá que o Hamas não esteja em Gaza “no dia seguinte”.
A declaração ocorre enquanto as negociações sobre o acordo de reféns estão em andamento, e o Hamas pede o início “imediato” das conversas para a segunda fase do cessar-fogo de Gaza, ao qual Israel se opõe.
Israel quer estender a primeira fase do acordo para continuar a troca de reféns – mas sem qualquer compromisso de acabar definitivamente com a guerra.
Na semana passada, anunciou um bloqueio de toda a ajuda ao enclave para pressionar o Hamas a aceitar novos termos para uma extensão do atual acordo de cessar-fogo.
Uma delegação do Hamas chegou ao Cairo na sexta-feira (7) para discutir o cessar-fogo e pressionar por uma potencial segunda fase do acordo.
Israel disse que “aceitou um convite” de mediadores apoiados pelos EUA para enviar uma delegação israelense a Doha na segunda-feira (10), “em um esforço para avançar as negociações”.
Uma fonte israelense disse à CNN no sábado (8) que Israel estava “dando uma chance às negociações” antes de retornar à luta em Gaza.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
O governo de Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo para a Faixa de Gaza e libertação gradual de reféns e prisioneiros palestinos. Saiba detalhes da negociação nesta matéria
Israel realizou intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
