
O ministro da Defesa de Israel, Israël Katz, ordenou, nesta quarta-feira (20/8), a mobilização de 60 mil reservistas para a tomada da cidade de Gaza, apesar de o Exército enfrentar escassez de efetivos. Para reduzir a lacuna de pessoal, segundo reportagem do jornal francês Les Echos, as Forças de Defesa de Israel (Tsahal) contam com a adesão de jovens judeus que vivem nos Estados Unidos e na França — países que concentram as duas maiores comunidades judaicas fora de Israel.
De acordo com a publicação, pelo menos 10 mil jovens estrangeiros estariam aptos ao serviço militar e poderiam ser incorporados para reforçar unidades operacionais. A estratégia ocorre em paralelo à convocação em larga escala de reservistas israelenses e tem como objetivo acelerar a recomposição de tropas em um momento de alta demanda por efetivo.
Reação e contexto na França
A França, que abriga uma das maiores comunidades judaicas do mundo, tem reforçado medidas contra o antissemitismo desde 2017, intensificadas após o ataque do Hamas em outubro de 2023. As autoridades francesas afirmam que, embora o número de atos antissemitas tenha aumentado desde o início da guerra em Gaza, não há evidência de que o apoio ao reconhecimento do Estado palestino seja a causa direta dessa elevação.
O governo francês sustenta ser possível defender os direitos dos palestinos sem comprometer a segurança ou a dignidade da comunidade judaica no país, combinando o combate rigoroso a crimes de ódio com a proteção da liberdade de expressão e do debate público.
Com informações de Metrópoles









