Um total de 110 prisioneiros palestinos, incluindo 30 menores de idade, foram declarados libertados por Israel nesta quinta-feira (30), informou o escritório de prisioneiros de guerra do movimento palestino Hamas. No entanto, o gabinete israelense cancelou a autorização, e o futuro de muitos permanece incerto.
“A resistência [Hamas] conseguiu garantir a libertação do terceiro grupo… O terceiro grupo do acordo incluiu a libertação de 110 prisioneiros, dos quais 32 foram condenados à prisão perpétua, 48 a diversas penas e 30 são menores de idade”, afirmou o comunicado, conforme noticiado pela Sputnik.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) informaram nesta quinta que o Hamas entregou mais dois reféns israelenses e cinco estrangeiros ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em troca de prisioneiros palestinos.
Mais cedo, as IDF disseram que o Hamas havia entregue um dos reféns mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza ao CICV.
“De acordo com informações comunicadas pela Cruz Vermelha, sete reféns, incluindo dois israelenses e cinco estrangeiros, foram transferidos para eles e estão a caminho das forças das IDF e da ISA (Agência de Segurança de Israel) na Faixa de Gaza”, escreveram as IDF no Telegram.
As IDF confirmaram que sete reféns — dois israelenses e cinco tailandeses — cruzaram para o sul de Israel, acompanhados por forças israelenses. Os israelenses serão reunidos com suas famílias, enquanto os cidadãos tailandeses serão recebidos por funcionários do governo tailandês.
ISRAEL ADIA AVANÇOS DIPLOMÁTICOS – No entanto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu como “chocantes” as imagens dos reféns libertados sendo conduzidos pelo Hamas por uma multidão de palestinos que vaiaram antes de serem entregues ao CICV.
“Vejo com extrema seriedade as cenas chocantes durante a libertação de nossos reféns. Esta é mais uma prova da brutalidade inconcebível da organização terrorista Hamas. Exijo que os mediadores garantam que tais cenas terríveis não se repitam e assegurem a segurança de nossos reféns”, afirmou.
Netanyahu prometeu que quem ousasse machucar os reféns durante esses “passeios da vergonha” pagaria o preço.
Netanyahu, junto com o ministro da Defesa, Israel Katz, ordenou a suspensão da libertação de prisioneiros palestinos das prisões até que a saída segura dos reféns israelenses de Gaza seja garantida no futuro, informou o gabinete de Netanyahu nesta quinta-feira.
“O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, junto com o ministro da Defesa Israel Katz, ordenaram o adiamento da libertação dos terroristas prevista para hoje até que a saída segura de nossos reféns nas próximas etapas seja garantida. Israel exige que os mediadores alcancem isso”, dizia o comunicado. (Com informações da Sputnik).