
São Paulo — O Ministro da Energia e Infraestruturas israelense, Israel Katz, anunciou neste domingo (15/10) que o governo voltará a fornecer água para o sul da Faixa de Gaza.
Desde 9 de outubro, o serviço estava totalmente interrompido na região. A mudança de postura se deu após acordo entre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
“A decisão de abrir as águas ao sul da Faixa de Gaza, acordada entre o primeiro-ministro Netanyahu e o presidente Biden, resultará no deslocamento da população civil para o sul da Faixa de Gaza e permitirá reforçar o cerco geral em Gaza nas áreas de eletricidade, água e combustível”, escreveu Katz na rede social X, antigo Twitter.
Para ele, a ação facilitará a operação das forças de segurança israelenses no sentido de “destruir a infraestrutura do Hamas” durante o conflito no Oriente Médio.
O corte de água, eletricidade e combustíveis a palestinos foi criticado por integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), que lembraram o risco do aumento da propagação de doenças entre a população forçada a usar água suja.
Nesse sábado (14/10), a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês) publicou nota pedindo que o fornecimento de combustível fosse restabelecido para disponibilizar água aos cidadãos.
“Tornou-se uma questão de vida ou morte. É obrigatório. É necessário entregar agora combustível a Gaza, para disponibilizar água a 2 milhões de pessoas”, afirmou Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA. A agência calcula que 650 mil pessoas tenham sido afetadas pela escassez de água potável na região.
No mesmo dia, o ministro de Energia e Infraestruturas compartilhou imagens de satélite que mostram o apagão provocado em Gaza após o corte de energia.
Veja:
ניתוק החשמל בעזה. האסון שחמאס המיט על אזרחי הרצועה. צפו pic.twitter.com/wqPeRgODWd
— ישראל כ”ץ Israel Katz (@Israel_katz) October 15, 2023