O governo reforçou que, para a “plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de manifestar-se pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física”.
Por fim, o Brasil disse que tenta convencer “as forças políticas venezuelanas ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com base no respeito pleno aos direitos humanos com vistas a dirimir as controvérsias internas”.
Fronteira com o Brasil fechada
Horas depois da posse que reconduziu Maduro ao terceiro mandato à frente da presidência da Venezuela, a fronteira com o Brasil foi fechada unilateralmente pelas forças armadas venezuelanas, nessa sexta-feira.
Militares venezuelanos interromperam a passagem no final da BR-174, que liga Roraima ao país vizinho. Em comunicado, o Itamaraty evitou dar muitas declarações sobre a ação da Venezuela e apenas confirmou o ocorrido.
No texto, o governo orientou aos brasileiros que precisarem de assistência a acionar o consulado em Caracas.
Autoridades reagem a posse de Maduro
Uma série de autoridades, internacionais e brasileiras, se manifestaram sobre a posse do líder venezuelano. Entre elas, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), que classificou a recondução de Maduro como “lamentável”.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também criticou a continuidade do regime do líder chavista e defendeu que a democracia só pode ser assegurada por meio de eleições limpas, sem fraudes e com o respeito ao voto popular.
“A democracia exige eleições limpas, sem fraudes e respeito ao voto popular. Não aconteceu isso na Venezuela. A posse de Nicolás Maduro afronta a vontade do povo venezuelano e deve ser repudiada, com medidas políticas e econômicas, para que ditaduras não se sintam legitimadas”, escreveu Lira na rede social X.
O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo Lula no Congresso Nacional, criticou o retorno de Maduro à presidência da Venezuela pela terceira vez, chamando a posse de “ilegítima e farsante”.
A líder da oposição, María Corina Machado, foi outra figura pública que se manifestou contra a posse do chavista. “Maduro consolida um golpe de Estado diante dos venezuelanos e do mundo”, afirmou.