
O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), preso em Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gerincinó (RJ), passou a noite de segunda-feira (24/10) em cela individual. Ele foi transferido para o presídio na tarde de segunda, após audiência de custódia.
A informação foi confirmada ao Metrópoles pela defesa do político. A Secretaria de Administração Penitenciária (Sesap) do Rio de Janeiro foi procurada para se posicionar sobre o assunto, mas não respondeu até a publicação deste texto.
Jefferson recebeu a mesma refeição oferecida aos demais detentos: arroz, feijão, purê de abóbora e bife, de acordo com o portal G1. O ex-deputado está recebendo atenção médica na cadeia, pois tem histórico de problemas de saúde. Jefferson já havia sido preso em 2014, após delatar o esquema do mensalão. À época, ele tratava um câncer no pâncreas e recebia dieta especial na prisão.
Roberto Jefferson é investigado por participação em atos de “organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação e financiamento político com a nítida finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito”, conforme o inquérito. Ele cumpria prisão domiciliar em Comendador Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, após ficar preso em Bangu, em 2021.
Após descumprir uma série de medidas cautelares, o ex-deputado teve a prisão domiciliar revogada e acabou detido em casa, por volta das 19h de domingo (23/10), após horas de negociação com agentes da Polícia Federal.
Confronto
Antes de ser preso, Jefferson travou confronto com agentes da corporação. Ele atirou contra as autoridades e jogou granadas contra policiais, deixando o delegado Marcelo Villela e a agente Karina Oliveira feridos pelos estilhaços do artefato. Eles foram atingidos no rosto, crânio e nos quadris, e precisaram de atendimento médico.
Jefferson disparou cerca de 50 tiros em uma viatura da PF com fuzil 5.56mm. Além disso, atirou três granadas contra a equipe de agentes que tentou cumprir o mandado de prisão. Em depoimento, Roberto Jefferson afirmou que a intenção era atingir a viatura, e não os policiais.
Por causa do ataque aos agentes federais, o ex-parlamentar deve responder por quatro tentativas de homicídio.










