A futura presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas(a Funai), Joenia Wapichana, em entrevista a jornalista Rosiene Carvalho, publicada nesta segunda-feira, 23, na Folha de São Paulo,  avalia que os yanomanis passam por um “catástrofe humanitária” em consequência de fatores como a expansão do garimpo ilegal e da degradação ambiental.

“O caso dos yanomamis é uma catástrofe humanitária. Ali, a invasão de garimpeiros levou a um alto nível de violência, conflitos e degradação ambiental, que afeta a saúde com a questão da contaminação por mercúrio”, afirma ela.

Na história, a Funai nunca teve um indígena na presidência e a indicação de que os próprios indígenas ocuparão postos chaves nas estruturas regionais.

De acordo com a líder indígena, que cumpre seus últimos dias como deputada federal, ntes da declaração de emergência de saúde pública no território yanomami, a retomada das demarcações e a segurança de áreas indígenas na Amazônia dependem de força-tarefa entre ministérios de Lula e de recursos financeiros além do previsto no orçamento da fundação em 2023.

A nomeação nomeação oficial de Joenia Wapichana está prevista para 5 de fevereiro.

Conforme avaliou Joenia, o governo Bolsonaro resultou em violência e morte contra indígenas e perseguição aos que atuaram em defesa de seus direitos. Na Funai e entre os povos indígenas, o clima atual é de otimismo.

Funcionários que denunciaram perseguição na gestão passada, por cumprirem suas obrigações, voltaram a ser ouvidos e a sede recebeu lideranças indígenas de diferentes regiões do país nos últimos dias.

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