O deputado José Ricardo Wendling e o vereador Waldemir José, ambos do PT, fiscalizaram na última quinta-feira (26) as unidades de Serviço de Pronto Atendimento (SPAs) que estão na lista para serem desativadas pelo Governo do Estado e fizeram levantamento de dados do atendimento à população nesses locais. Foram visitados o SPA Joventina Dias, na Compensa; SPA São Raimundo e SPA Dr. José Lins, na Redenção.
No SPA da Compensa, acontece cerca de 600 atendimentos diários, com uma média de 200 servidores, a maioria (técnicos e dentistas) é de regime temporário (RETs). "O governador quer diminuir o atendimento que hoje é 24 horas para ser das 7h às 22h. Isso fará com que os prontos socorros do Estado fiquem sobrecarregados, além de paralisar o serviço de odontologia, penalizando assim a população, que é atendida por este SPA", disse o deputado José Ricardo.
Já no SPA do São Raimundo, são realizados cerca de 500 atendimentos diários de baixa e média complexidades e os parlamentares falaram com a diretora por telefone, que informou que tem cerca de 200 funcionários, quase todos concursados, e alguns de cooperativa médica. "Foi retirado o serviços de ortopedia e cerca de 10% dos atendimentos diários deixarão de ser feitos com essa medida do governo que quer fechar os SPAs aos domingos e entre as 22h e 7h. Isso vai sobrecarregar nossos hospitais e aumentar esse problema que já é precário", afirmou o vereador Waldemir Jose, enfatizando que é um erro grave o governador transformar essas unidades de saúde em UBS e vai questionar a Prefeitura se vão ser transferidas essas unidades para o município, já que as UBS são de responsabilidade do executivo municipal.
E os usuário no SPA da Redenção reclamaram da medida adotada pelo Governo, pedindo que os parlamentares petistas fizessem algo para que não fechassem aquela unidade que realiza cerca de 600 atendimento diários e tem 22 leitos para observação e internação e em torno de 350 funcionários (75% deles são concursados, 10% são RETs e os demais de cooperativas médicas).
"Não é possível fechar o atendimento de urgência e emergência do SPA José Lins. Além de ser um retrocesso, será um sacrifício ainda maior, pois atende a população que terá que se deslocar muito para um pronto-socorro mais próximo, um descaso com o povo dos bairros atendidos por esta unidade", criticou o deputado, salientando que só nesses três SPAs visitados o governo vai deixar de realizar cerca de 51 mil atendimento o que poderá gerar um problema ainda maior para a saúde pública e que vai cobrar explicações do secretário de saúde, que foi convidado para uma Audiência Pública sobre a situação da saúde no Amazonas, amanhã (30) na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, da qual José Ricardo é presidente.










