A jovem inglesa Molly-Rose Taylor, 19 anos, viveu durante anos sentindo fortes dores quando estava no período menstrual. Em algumas ocasiões, ela chegou a delirar e desmaiar. Todos os médicos que procurou não conseguiram chegar a um diagnóstico preciso. E as dores seguiam fortes. Depois de 5 anos, quando começou a ter uma vida sexual ativa, sentiu algo diferente e pesquisou na internet.

Molly foi diagnosticada com útero didelfo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição é resultado de uma malformação congênita que faz com que a cavidade do útero seja dividida em duas partes por um septo. Este septo pode chegar ao colo do útero ou atingir apenas dois terços, metade ou um terço do comprimento da cavidade uterina.

“Tomo anticoncepcional desde os 12 anos para tentar reduzir o fluxo e evitar os desmaios. Logo que comecei a fazer sexo, notei que tinha um pedaço de pele entre os dois ‘buracos’ e senti vergonha. Do lado de fora, não é possível notar, nem os médicos viram. Comecei a pesquisar por conta própria. Cheguei no consultório e pedi um ultrassom transvaginal e descobriram o problema: tinha duas vaginas e dois úteros”, contou ao jornal Daily Mirror.

O septo de Molly-Rose tinha 2 cm de espessura. Antes de receber o diagnóstico, ela disse em entrevistas que sentia “cãibras insuportáveis que ​​a faziam delirar e, muitas vezes, desmaiar”. A segunda vagina foi descoberta porque, apesar de usar absorventes internos, era comum que o sangue vazasse durante o ciclo menstrual.

Molly-Rose passou, então, por uma cirurgia para remover o septo longitudinal em 2017. Os médicos, no entanto, disseram que era melhor não retirar um dos órgãos reprodutores. “Embora possa ainda ter algumas complicações, já posso pensar em começar minha família com menos chances de sofrer um aborto espontâneo. Estou compartilhando isso para que outras mulheres possa encontrar uma explicação para suas dores. Pode ser que tenham o mesmo problema”, afirmou. (Com informações do portal Daily Mail)

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