
A Corregedoria do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) determinou o afastamento do juiz Túlio de Oliveira Dorinho, após a decisão do magistrado que concedeu liberdade provisória ao colombiano Juan Carlos Urriola. O traficante foi preso em flagrante no dia 25 de fevereiro, durante a Operação Fronteira Mais Segura, que resultou na apreensão de 1,3 tonelada de drogas em Santa Isabel do Rio Negro.
Após a prisão, Urriola foi transferido para Manaus, onde passou por audiência de custódia. O Ministério Público do Amazonas (MPAM) defendeu a manutenção da prisão, argumentando que a grande quantidade de drogas indicava envolvimento com o tráfico internacional e que o suspeito não possuía residência fixa no Brasil, aumentando o risco de fuga. No entanto, o juiz Túlio Dorinho autorizou a soltura do colombiano, sob a justificativa de que ele não possuía antecedentes criminais.
O MPAM recorreu da decisão e solicitou a prisão preventiva de Urriola, mas o pedido foi negado. Diante da repercussão do caso e da fuga do traficante, a Corregedoria do TJAM afastou o magistrado e abriu um procedimento para apurar sua conduta.
Operação e apreensão de drogas
A captura de Juan Carlos Urriola ocorreu durante uma operação integrada que envolveu equipes do Departamento de Polícia do Interior (DPI), da Delegacia Fluvial (Deflu) e da 76ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP). A droga estava escondida em uma área de mata em Santa Isabel do Rio Negro, a 630 quilômetros de Manaus.
A apreensão representa um golpe significativo contra o crime organizado, mas a fuga do colombiano levanta questionamentos sobre falhas no sistema judicial. As investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema de tráfico.
“A ação ocorreu em uma região de difícil acesso e exigiu grande esforço da equipe policial. O trabalho dos investigadores, escrivães e delegados tem sido fundamental para combater o tráfico e garantir mais segurança para a população”, destacou o delegado-geral da Polícia Civil.
O caso segue em análise, e o recurso do MPAM para reverter a liberdade provisória e decretar a prisão preventiva de Urriola ainda será julgado.