Sargento Edizandro Louzada, tenente Joselito Anselmo (senta no banco dos réus) e o cabo Graziano Negreiros

O tenente da Polícia Militar, Joselito Pessoa Anselmo, vai a julgamento nesta quarta-feira (14) na 3.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus. Ele é acusado de matar os policiais Edizandro Louzada, 40 e Graziano Monteiro Negreiros, 36, após ter um surto dentro de um Voyage (viatura descaracterizada da PM), de cor prata.

O militar responde ainda por tentativa de homicídio contra o borracheiro Robson Almeida e o major Ludernilson Lima de Paula. O crime ocorreu na Rua Monte Horebe, no bairro Colônia Terra Nova, na Zona Norte.

O julgamento está marcado para começar as 9h, no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, avenida Jornalista Umberto Calderaro Filho, bairro de São Francisco e será presidido pelo Juiz de direito Lucas Couto Bezerra.

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) será representado na acusação pelo promotor Walter Luís do Nascimento.

O Crime

O crime ocorreu por volta das 2h, dentro de uma viatura descaracterizada Polícia Militar do Amazonas, depois que os quatro militares e um civil passaram a tarde e parte da noite bebendo cerveja, primeiro em um comércio na casa do cabo Graziano, depois em uma boate o tenente tentou entrar armado e foi barrado, fazendo com que todos seguissem para um bar.

Depois de saírem do bar com cervejas, já embriagados, o carro parou na Rua Monte Horebe, no bairro Colônia Terra Nova, na Zona Norte, onde os militares teriam discutido começaram uma briga dentro do veículo e Joselito teria sacado a sua arma dizendo que ia matar todos e atirado contra a cabeça do sargento Edizandro, que estava dirigindo o veículo.

O outro tiro foi feito na cabeça do cabo Graziano. Ainda no carro, o major Lurdenilson também levou um tiro, assim como o borracheiro.

O borracheiro conseguiu tomar a arma do tenente e, mesmo estando baleado, saiu correndo.

Joselito responde o crime em liberdade, após ter a prisão preventiva revogada pelo juiz Mauro Antony em 2020. Na época, a justiça alegou que o tenente é “réu primário” tinha “colaborado com a instrução processual”.

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