Juan Carlos (no detalhe) será julgado pelo Júri Popular por atropelar e matar a pequena Andressa Eva Freitas de Moraes, de 1 ano e 3 meses, em setembro de 2021, em Manicoré (Montagem Fato Amazônico)

O julgamento de Juan Carlos da Silva e Silva, de 30 anos, conhecido como “Lorada”, acusado de atropelar e matar a menina Andressa Eva Freitas de Moraes, de 1 ano e 3 meses, ocorrerá no próximo dia 12 de março no Tribunal do Júri da Comarca de Novo Aripuanã. O despacho foi assinado pelo juiz Pedro Esio Correia de Oliveira, da Vara Única de Novo Aripuanã, que também autorizou a mãe da vítima, Andréia Rodrigues de Freitas, funcionária pública, a atuar como assistente do Ministério Público, conforme o artigo 268 do Código de Processo Penal.

O trágico acidente ocorreu no dia 5 de setembro de 2021, na rua Padre Israel, no bairro da Rocinha, em Manicoré, interior do Amazonas. Andressa Eva, ainda pequena e aprendendo a andar, foi atropelada enquanto brincava na rua, que havia sido fechada para um evento de lazer organizado por Ricardo Souza, cabeleireiro conhecido como “Tururuca”.

Segundo a denúncia, Juan Carlos estava alcoolizado quando avançou com seu veículo, desrespeitando os alertas de moradores e o organizador do evento sobre a presença de crianças na via.

O atropelamento

Testemunhas afirmam que, ao notar a aproximação do veículo prata dirigido por Juan Carlos, o organizador do evento pediu para o motorista retornar, alertando-o sobre as crianças na rua. No entanto, Juan Carlos ignorou o pedido e acelerou, atropelando Andressa Eva. Após o acidente, o réu não prestou socorro à criança e fugiu do local. Ele foi encontrado posteriormente em um balneário de Manicoré, onde estava consumindo bebidas alcoólicas.

A fuga de Juan Carlos gerou revolta na comunidade. Moradores, indignados com a tragédia, atearam fogo no carro do acusado, um Chevrolet Ônix prata, que estava estacionado em frente à 72ª Delegacia Interativa de Polícia de Manicoré, onde o acusao se encontrava preso.

Em seguida, o grupo se dirigiu à loja de roupas Jéssica Modas, da empresária Dora Silva, mãe de Juan, e depredou o estabelecimento, chegando a invadir a loja com galões de combustível, tentando incendiá-la.

Por segurança, Juan Carlos foi transferido sob escolta para uma unidade prisional em Manaus, onde permaneceu mais de 1 anos preso, mas ganhou o direito de responder em liberdade. O caso gerou grande repercussão na cidade e em todo o Amazonas, devido à brutalidade do acidente e à reação da comunidade.

O acidente ocorreu durante uma festa de um ano de aniversário da barbearia de Ricardo Souza, o “Tururuca”, que havia obtido autorização da Prefeitura de Manicoré para fechar a rua Padre Israel e transformá-la em um espaço de lazer para as crianças da comunidade. Andressa Eva estava acompanhada de sua mãe, brincando na rua de lazer, quando foi atingida pelo veículo de Juan Carlos.

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