O Tribunal do Júri da Comarca de Autazes julga na terça-feira (16), no Fórum Desembargador Aristófanes Bezerra de Castro, os três acusados da morte da menina Grazielly dos Santos Costa, crime ocorrido em junho de 2015, naquele município (distante 118 quilômetros de Manaus). São réus no processo os irmãos Gilbervan de Jesus Elói e Gilbermilson de Jesus Elói, além de Gilmara França de Souza (companheira de Gilbervan).

De acordo com o inquérito policial que serviu de base para a denúncia do MP, a motivação do crime teria sido o fato de Gilbervan não reconhecer Grazielly como filha, o que levou a mãe da criança, com quem ele tivera um relacionamento, a ingressar com ação de investigação de paternidade para garantir o pagamento da respectiva pensão alimentícia. Segundo a apuração policial, Grazyelle, que tinha 9 anos, foi raptada a caminho da escola, na tarde do dia 17 de junho de 2015, por ocupantes de um carro vermelho. O corpo da criança foi encontrado dois dias depois, nas matas da localidade conhecida como Ramal do Tumbira e o laudo pericial apontou morte por asfixia. O carro usado no rapto seria de propriedade de Gilbervan e os dois outros ocupantes do veículo seriam Gilbernilson e Gilmara, conforme a denúncia do MP. Os três negam a autoria do crime.

A sessão do júri será presidida pelo juiz Cid da Veiga Soares Júnior, titular da Vara Única da Comarca de Autazes. Foram arroladas para o julgamento desta terça 35 testemunhas, sendo 18 de acusação e 17 de defesa. A previsão é que o julgamento se estenda pela noite e seja concluído na quarta-feira, dia 17. O julgamento deveria ter ocorrido em novembro do ano passado, mas a Justiça precisou remarcar a sessão na época em virtude da ausência de duas testemunhas.

Relembre o caso
Grazielly desapareceu quando estava a caminho da escola. Segundo a família, a mãe da menina a levava todos os dias, porém, no dia 17 de junho o irmão mais novo estava com febre a mãe não pôde levá-la. O corpo da menina foi encontrado dois dias depois no Ramal da Tumbira, situado na Zona Rural da cidade de Autazes, a 108 km da capital.

De acordo com a Polícia Civil, o corpo da estudante estava em avançado estado de decomposição. Um laudo preliminar divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Manaus apontou que Grazielly foi asfixiada.

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