
O juiz Odilio Pereira Costa Neto, da Comarca de Eirunepé, decretou nesta quinta-feira (27) a prisão preventiva do médico Humberto Fuertes Estrada, investigado por suposta negligência no atendimento que culminou na morte de um bebê no Hospital Regional de Eirunepé, no interior do Amazonas. A medida foi pedida pelos delegados Yezuz Pupo e Alcir Rodrigues, responsáveis pela investigação.
Humberto deixou Eirunepé no domingo (23), um dia após o caso ganhar grande repercussão nas redes sociais. Em seu status do WhatsApp, o médico publicou imagens que indicam que ele estaria no município de Feijó, no Acre, para onde teria viajado logo após o ocorrido. A Polícia Civil confirmou que possui o recibo da passagem aérea, reforçando a suspeita de tentativa de fuga.
A Prefeitura de Eirunepé já havia afastado o médico de suas funções enquanto duram as investigações.
Vídeo mostra médico em bar horas antes do parto
Um vídeo entregue à Polícia Civil mostra Humberto Fuentes em um bar do município — a Churrascaria Sabor na Brasa — na noite de sexta-feira (21), horas antes do atendimento da gestante de 17 anos. As câmeras registraram sua chegada às 23h44 e a saída às 1h48 da madrugada.
Justiça decreta prisão preventiva de médico investigado por morte de bebê em Eirunepé
Um vídeo entregue à Polícia Civil mostra Humberto Fuentes em um bar do município — na noite de sexta-feira (21), horas antes do atendimento da gestante de 17 anos. pic.twitter.com/8B42CI6hFS
— Fato Amazônico (@fatoamazonico) November 27, 2025
Segundo a investigação, a jovem gestante chegou ao hospital por volta das 4h, mas o médico não atendeu às ligações da equipe de plantão. Ele só compareceu ao local por volta das 9h, aproximadamente cinco horas depois. O parto foi realizado, mas o bebê não resistiu.
Testemunhas informaram que a criança teria aspirado fezes e restos de placenta, vindo a óbito cerca de uma hora após nascer. O caso é investigado como homicídio qualificado.
Forças de segurança do Acre auxiliam nas buscas
A Polícia Civil de Eirunepé continua as diligências e conta com o apoio das forças de segurança do Acre para localizar e prender o médico. A repercussão do caso mobilizou a comunidade e reforçou a necessidade de celeridade no cumprimento do mandado judicial.










