Uma nova lei que proíbe a venda de itens de marfim entrou em vigor nesta sexta-feira (31) em Hong Kong, uma cidade há muito considerada um importante centro de contrabando de ouro branco.

A proibição, aprovada em 2018, foi alterada logo em seguida, mudando o foco para o desaparecimento gradual desse comércio. A decisão foi criticada por defensores do meio ambiente.

Um estudo publicado por uma coalizão de associações ambientais em 2019 descobriu que o enclave, apesar de seu tamanho relativamente pequeno, foi responsável por cerca de um quinto das apreensões globais de marfim na última década.

Na véspera da entrada em vigor da lei, se formaram algumas pequenas filas de compradores em frente às lojas de marfim no distrito de Sheung Wan, de acordo com a mídia local.

A lei proíbe “a importação, reexportação e posse para fins comerciais de marfim de elefante”, mas prevê uma exceção para o marfim antes de 1925.

Os infratores podem ser punidos com multas de até HK$ 10 milhões (1,28 milhão de dólares) e dez anos de prisão.

A ex-colônia britânica é um centro de comércio internacional de espécies animais ameaçadas de extinção, como elefantes, rinocerontes e pangolins, em particular por seu porto, um dos mais importantes do mundo, e suas inúmeras conexões de transporte.

A maioria desses produtos é destinada aos consumidores na China continental. Em 2017, as autoridades de Hong Kong apreenderam mais de sete toneladas de marfim no valor de mais de US $ 9 milhões, a maior operação desse tipo em três décadas.

A proibição do comércio de marfim entrou em vigor na China em 2018. Em agosto, a ex-colônia britânica aprovou uma lei que considera o tráfico de animais selvagens um crime organizado. (AFP)

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