Ricardo Stuckert/PR

Durante a cúpula virtual da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nesta terça-feira (16/4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ser inaceitável a invasão da Embaixada do México, em Quito, no Equador, por forças policiais armadas no início do mês.

Em discurso, Lula ressaltou que “medida dessa natureza nunca havia ocorrido, nem nos piores momentos de desunião e desentendimento registrados na América Latina e no Caribe. Nem mesmo nos sombrios tempos das ditaduras militares em nosso continente”.

O presidente defendeu que o caso não afeta apenas o México, mas todos os países da América Latina. Também cobrou um pedido de desculpas formal por parte do Equador. “Nosso desafio agora é o de encontrar caminhos para a reconstrução da confiança e do diálogo”, destacou Lula.

O chefe do Planalto aproveitou o momento para elogiar o recurso do governo mexicano à Corte Internacional de Justiça.

Lula finalizou o discurso com um apelo para que a Celac assuma o compromisso de trabalhar para que episódios como este nunca mais voltem a ocorrer.

Ataque à Embaixada do México

Em 5 de abril, autoridades equatorianas invadiram a Embaixada do México, em Quito, e prenderam o ex-vice-presidente Jorge Glas, condenado a 6 anos de prisão por corrupção. No dia seguinte, o presidente do México, López Obrador, ordenou a “suspensão” das relações diplomáticas com o Equador.

O ex-vice-presidente recebeu asilo político do México e estava na embaixada desde dezembro do ano passado. Ele alega ser vítima de uma “perseguição” da Procuradoria-Geral do Equador.

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