O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ligou para o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Gilmar Mauro, para prestar solidaridade, após o ataque armado ao assentamento Olga Benário, em Tremembé-SP. O atentado resultou em três mortes e alguns feridos gravemente.
De acordo com informações da CNN Brasil neste domingo (12), Lula infiormou que deve visitar o local do ataque, mas não definiu uma data. Ele também informou ao dirigente que pediu à Polícia Federal que investigue o caso.
Na avaliação do governo federal, a motivação do crime foi um lote cobiçado envolvido na reforma agrária e utilizado pelo movimento.
No local, morreram Valdir do Nascimento, conhecido como Valdirzão, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28. No sábado (11), Denis Barbosa de Carvalho, de 29 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu, conforme informado por uma liderança do movimento nas redes sociais.
A Polícia Civil de São Paulo informou que prendeu na tarde de sábado um dos suspeitos de matar os militantes que participavam do assentamento no interior paulista. De acordo com a polícia, o detido, apontado como mentor intelectual do crime, é conhecido como Nero do Piseiro e já tinha passagem criminal por porte ilegal de arma de fogo. Ele foi reconhecido por testemunhas que viram os criminosos chegando ao local em carros e motos. Os crimes ocorreram na noite de sexta no assentamento localizado na Estrada Canegal, por volta das 23 horas.
Após pedido de Lula, o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a PF instaure inquérito para apurar o ataque. A pasta informou que uma equipe da corporação, com agentes, perito e papiloscopista, já foi deslocada para Tremembé.