A pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (13) revela um cenário de empate técnico entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma eventual disputa de 2º turno nas eleições de 2026. Segundo o levantamento, Lula aparece com 42% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro marca 39%. A diferença de três pontos está dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. O ex-presidente, condenado pelo STF e inelegível, segue mesmo assim influente no cenário eleitoral.

Vantagem de Lula diminui também contra outros nomes

Além de Bolsonaro, a vantagem de Lula caiu em relação a Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Jr. (PSD), Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União Brasil), Eduardo Bolsonaro (PL) e Eduardo Leite (PSD), indicando um movimento mais amplo de redução do potencial eleitoral do presidente frente a adversários de perfis distintos no espectro político.

Na comparação com Ciro Gomes (PSDB), a vantagem de Lula oscilou quatro pontos para baixo — movimento no limite da margem de erro. Já contra Michelle Bolsonaro (PL), a oscilação negativa foi de três pontos, dentro da margem. O levantamento inclui ainda Renan Santos (Missão), que aparece pela primeira vez em um cenário nacional, impossibilitando comparações com pesquisas anteriores.

Descontos eleitorais e avanço da polarização

A nova rodada da Quaest reforça a manutenção da polarização entre lulismo e bolsonarismo, fenômeno que continua organizando a disputa política nacional. A pesquisa espontânea — quando o eleitor cita um nome sem estímulo de lista — também mostra a predominância dos dois grupos, com pouca margem para que novas lideranças avancem.

O acirramento dos números ocorre em um momento em que setores da oposição intensificam sua atuação pública e ampliam a presença nas redes. A recuperação de competitividade de nomes aliados ao ex-presidente Bolsonaro também indica um eleitorado mais sensível às críticas ao governo e à conjuntura econômica.

Por que o cenário mudou?

A Quaest aponta três fatores que podem ter contribuído para a diminuição da vantagem do presidente:

  • Aumento da rejeição de Lula em grupos específicos, especialmente entre eleitores de classe média urbana.

  • Reorganização do bolsonarismo, mesmo com o ex-presidente fora da disputa.

  • Crescimento da percepção negativa sobre a economia, que impacta a avaliação do governo.

Divergências regionais e de perfil

A pesquisa também detalha como cada nome performa em diferentes segmentos do eleitorado:

  • Região Norte e Centro-Oeste: Bolsonaro abre vantagem.

  • Nordeste: Lula mantém liderança ampla.

  • Mulheres e jovens: preferem Lula.

  • Homens e evangélicos: optam majoritariamente por Bolsonaro.

O documento completo também traz recortes por escolaridade, religião, renda e raça/cor, além de uma análise sobre intenção de voto espontânea, potencial de voto e rejeição das principais lideranças nacionais.

A Quaest realizou 2.004 entrevistas presenciais, de 6 a 9 de novembro de 2025, com brasileiros de 16 anos ou mais. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

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