O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegará à Colômbia na terça-feira (16/4) e cumprirá agendas oficiais na quarta-feira (17/4), ao lado do mandatário local, Gustavo Petro. Em Bogotá, os presidentes deverão discutir questões da América Latina, como as eleições na Venezuela e a crise diplomática entre Equador e México.

Depois da conversa bilateral na Casa de Nariño, sede do governo colombiano, Lula e Petro deverão assinar alguns memorandos, com temas como o combate ao tráfico de pessoas, cooperação cultural e policial e desenvolvimento agrário, e seguem para uma declaração à imprensa. Em seguida, os presidentes terão um almoço na Casa de Nariño.

Na parte da tarde, é esperada a presença deles no encerramento de um fórum empresarial, com foco em infraestrutura e reindustrialização.

Já de noite, os presidentes partem para a solenidade de abertura da 36ª Feira Internacional do Livro de Bogotá (Filbo). O Brasil é o país homenageado neste ano no evento, que tem o tema “Ler a Natureza”. O escritor Ailton Krenak, recém-empossado imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), deve participar do evento.

“Ao longo dos séculos, cada bioma brasileiro tem servido como uma rica fonte de inspiração para escritores, poetas e contadores de histórias, moldando narrativas que capturam a complexidade e a beleza da natureza”, diz a divulgação da Filbo. Dessa forma, há expectativa também para acordos entre Lula e Petro para a área amazônica.

Questões da América Latina

Na última semana, Petro encontrou com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas. O colombiano não chegou a mencionar as eleições, marcadas para 28 julho, mas falou sobre a “estabilidade” política na região.

A manifestação ocorreu após candidatas de oposição serem impedidas de concorrer contra Maduro no pleito. Nos últimos meses, Lula moderou o tom sobre o assunto e classificou a situação como “grave”.

Também será pauta do encontro a invasão de forças equatorianas à Embaixada do México em Quito, no começo de abril. O governo mexicano rompeu relações diplomáticas com Quito após o episódio.

Em telefonema ao presidente do México, Lula chamou o caso de “grave ruptura do direito internacional” e se comprometeu a debater a questão com outras nações latino-americanas, inclusive na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

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