Fávaro é reconhecido por seu trabalho nos últimos anos, à frente Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT). Essa atuação o projetou para a política nacional em 2018. Ele já foi vice-governador de Mato Grosso (2015 a 2018), na chapa de Pedro Taques.
Fávaro era o mais cotado entre os candidatos ao cargo na Esplanada. Internamente, ele disputou o posto contra o ex-ministro da Agricultura, o deputado federal Neri Geller (PP-MS), que atuou no governo de Dilma Rousseff (PT). Durante a campanha de Lula deste ano, o Progressistas se aproximou do então candidato à Presidência da República.
Como prêmio de consolação, Neri deve ficar com secretário-executivo da pasta – ainda incerto, de acordo com o conselho político.
Suplente com Bolsonaro
A escolha de Fávaro pode gerar um problema para o PT. A primeira suplente do senador Margareth Buzetti (PP/MT) é vista como uma fervorosa apoiadora de Jair Bolsonaro, inclusive, ela chegou a fazer parte do grupo “Mulheres com Bolsonaro” durante o segundo turno deste ano.
Com a ida de Fávaro à Esplanada, o receio é de que ela vote contra as matérias do PT. Por isso, internamente, cogita-se que ela assuma uma secretaria no governo do Mato Grosso dando lugar a José Lacerda (MDB), segundo suplente.