Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou, nesta terça-feira (23/12), um vídeo em que aparece recebendo uma oração do deputado federal e pastor Otoni de Paula (MDB-RJ), parlamentar que já foi aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A postagem ocorreu após a assinatura de um decreto que reconhece a cultura gospel como manifestação cultural nacional. Confira:

No registro, Otoni de Paula ora por Lula e afirma que a bênção ao presidente se estende a todo o país. “Presidente, eu não tenho ouro e não tenho prata, disse o apóstolo Pedro, mas o que eu tenho eu dou. E eu queria, em nome de Jesus, abençoar o senhor, orar pelo senhor e pedir que Deus lhe ilumine, lhe guarde e lhe proteja”, declarou.

Durante a oração, o deputado enfatizou que a igreja não deve se alinhar à polarização política. “A igreja não é de direita, a igreja não é de esquerda. A igreja pertence ao Senhor Jesus”, disse, ao pedir bênçãos para a saúde, a família e o governo do presidente.

O parlamentar destacou que o reconhecimento da cultura gospel como manifestação cultural nacional representa, segundo ele, um marco para a comunidade evangélica. “A partir desse decreto, o que nós fazemos agora também é reconhecido como cultura nacional. Isso nos abrirá portas imensas.”

Decreto assinado

O decreto foi assinado mais cedo por Lula durante cerimônia no Planalto, com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), da primeira-dama Janja Lula da Silva, além de ministros e parlamentares evangélicos. Entre as autoridades presentes, estavam a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ).

Em discurso, Lula afirmou que a iniciativa partiu da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e classificou o decreto como um gesto de justiça e reconhecimento. “É fazer justiça ao povo evangélico e à música gospel”, disse. Segundo o presidente, o ato representa “um passo importante para o acolhimento e respeito à comunidade evangélica do Brasil”, com “força simbólica muito profunda”. Com informações de Metrópoles.

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