A indicação do advogado-geral da União para a vaga em aberto na Corte, após aposentadoria de Luís Roberto Barroso, estremeceu a relação entre o Palácio do Planalto e o Senado. Alcolumbre tentava emplacar o seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Supremo e se viu contrariado por Lula.
Apesar da indicação ter sido anunciada na semana passada, o governo ainda não enviou a comunicação oficial e documentação necessária para iniciar a tramitação. A demora se deu depois da veiculação da irritação de Alcolumbre com a escolha de Messias.
Sabatina
Mesmo sem a documentação, o presidente do Senado anunciou que a sabatina e a votação da indicação do AGU ocorrerão em 10 de dezembro, o que representa um prazo apertado para Messias reverter a rejeição dos senadores. O indicado por Lula já iniciou o chamado “beija-mão” entre os parlamentares, mas tem sido ignorado por Alcolumbre.
Mais cedo, nesta quinta, Messias esteve no gabinete do relator da indicação, Weverton Rocha (PDT-MA). O senador disse que destravar a indicação é uma “missão difícil” e que vai procurar Alcolumbre.
Randolfe, por outro lado, minimizou o estremecimento entre Lula e o presidente do Senado, e disse que ambos “não precisam de interlocutores” para mediar a conversa, que deverá ocorrer “em breve” e antes da data da sabatina. Com Metrópoles.