Uma mulher de 30 anos foi vítima de feminicídio, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Cristiane dos Anjos Barbosa amamentava um bebê de 2 meses quando foi alvejada pelo ex-marido. A mãe da jovem encontrou a criança no colo do corpo ensanguentado da filha.
Os outros dois filhos de Cristiane, de 2 e 4 anos, presenciaram o crime. De acordo com a família, ela tinha voltado a morar com os pais, após se separar do marido, identificado como Leandro Santos Dias. A polícia encontrou o corpo baleado nessa quarta-feira (29/11). O rompimento do casal teria sido motivado pelas agressões contra a mulher.
“Meu pai matou minha mãe”
Ao portal G1, a mãe de Cristiane, Dilce Santos, falou sobre o crime. “O bichinho saiu correndo gritando pela rua ‘meu pai matou minha mãe’, e o neném nos peitos dela mamando. O marido maltratou ela, o bebê nasceu antes do tempo por causa disso”, relatou Dilce.
“A gente ia passear, levava as crianças na praça, tirava foto. Só tinha 15 dias que ela estava aqui com a gente”, lamentou a mãe. As crianças vão ficar com a avó.
De acordo com a família, Cristiane era uma mulher doce e bondosa. O sepultamento aconteceu na tarde dessa quarta-feira (29), no Cemitério Tanque do Anil, em Duque de Caxias.
Suspeito baleado
O principal suspeito da morte de Cristiane dos Anjos Barbosa, de 30 anos, foi encaminhado ao Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, após ter sido baleado no peito, na Baixada Fluminense. Na unidade de saúde, foi constatado que Leandro Santos Dias estava foragido.
O homem foi preso pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense e, na casa dele, foi apreendido um revólver calibre 38, que, segundo a polícia, pode ter sido utilizado para matar Cristiane.
Informações iniciais dão conta que ele foi baleado por traficantes da localidade do Pantanal, em Duque de Caxias. Não se sabe ainda o estado de saúde de Leandro.
Caso de polícia
O sepultamento de Cristine que ocorreria na manhã dessa quarta-feira (29) virou caso de polícia. Isso porque ao chegar no Cemitério Tanque do Anil, a família da vítima descobriu que outro corpo estava no lugar que pertence ao jazigo familiar.
A situação precisou ser registrada na 59ªDP (Duque de Caxias), e o enterro só aconteceu na parte da tarde.
A AG-R, empresa que administra o cemitério, afirma que disponibilizou outro local para o sepultamento, e que o funeral não foi cobrado da família.
Em nota, a empresa explicou que o corpo que está no jazigo da família tem identificação e será exumado em maio de 2024, quando a família poderá transferir o corpo de Cristiane para o local – no entanto, só pode ser feito depois da exumação dela.
Uma sindicância foi aberta para apurar o caso. Com informações de Metrópoles.
