Em 2023, o Bloco das Piranhas acontece no dia 19 de fevereiro, a partir das 16h, na Arena Amadeu Teixeira.

O evento terá os shows de Wanessa Alzier, Banda Impakto, Banda Marrakesh, Xiado da Xinela, Embaixadores e nós intervalos Dj Layla Abreu.

Para celebrar os 43 anos, a organização do Bloco não vai poupar esforços para oferecer um excelente serviço de segurança, atendimento médico, alimentação, banheiros suficientes e sinalização, garantindo conforto e comodidade.

História do Bloco Das Piranhas:

Há 43 anos, no Carnaval de 1981, um grupo de rapazes que moravam no bairro Parque Dez de Novembro, zona centro-sul de Manaus, resolveu criar um bloco sem grandes pretensões, tendo a irreverência como principal inspiração. Surgiu ali o evento que, nas décadas seguintes, se tornaria o maior carnaval de rua de Manaus, o Bloco das Piranhas.

O grupo pediu passagem e conquistou o público amazonense. Jovens e adultos de todas as classes sociais aderiram à festa e fazem hoje o mais genuíno carnaval de rua de Manaus. O formato resgatou o antigo espírito da folia manauara, quando o centro urbano servia de salão e passarela para os mais debochados foliões da cidade.

Com o passar dos anos, o evento foi conquistando cada vez mais público e espaço, o que lhe rendeu presença garantida no calendário carnavalesco local. Devido ao aumento do número de brincantes, o Bloco saiu do Parque Dez e ganhou espaços como Manaus Show Clube, Aeroclube de Manaus, o estacionamento do antigo estádio Vivaldo Lima, Sambódromo e Arena da Amazônia, já esse ano de 2023, o Bloco retorna ao Sambódromo, atendendo as solicitações de centenas de simpatizantes e foliões.

Entre as situações curiosas que marcaram a trajetória das Piranhas, Marcos cita os grupos de foliões que voltavam a pé para casa, formando uma espécie de procissão. Não raro, muitos brincantes vestiam roupas pela metade, como vestidos, minissaias, biquínis e acessórios “emprestados” de suas mães ou esposas.

Era o caso do ex-brincante Ocilon Dutra, que utilizava tinta guache e spray para produzir suas fantasias, cujo serviço contava com o auxílio de uma figura um pouco inusitada para a época. “Certa vez, algumas pessoas abordaram meu pai na rua para avisá-lo que o filho era a rainha do Bloco das Piranhas. ‘Tranquilo’, ele respondeu. ‘Eu o ajudo a vestir as fantasias’”, diverte-se Ocilon. Na opinião do ex-brincante, o Bloco representou um foco de resistência contra o machismo e preconceito.

Além da diversão, o evento ajudou a fomentar a cadeia produtiva de eventos. “O Bloco é o grande responsável por mudar o carnaval de rua do nosso estado. Ajudou a impulsionar a economia com geração de emprego diretos e indiretos, socializou e integrou pessoas, promoveu e promove cultura, proporcionando diversão e alegria popular com responsabilidade”, destacou Marcos Botelho, um dos fundadores do Bloco e organizador do evento. “Vários ambulantes montaram seu próprio negócio com o dinheiro arrecadado durante o evento”.

“Antigamente, os blocos desciam nas escolas de samba. Somos a mãe do carnaval de rua de Manaus e inspiramos outros grupos”, declara, sem falsa modéstia, o diretor Elizeu Bacelar. “Muita gente se conheceu lá e acabou casando. Outros amigos se foram, mas os que ficaram continuam nos incentivando”.

Foi o estímulo de admiradores de simpatizantes que, mesmo com dificuldades, inspirou o grupo a seguir em frente, sinal de confiança no trabalho dos realizadores. “É o momento de agradecer ao público por todo o crédito ao longo desses 43 anos de existência”, reconhece Bacelar.

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