Um levantamento de pesquisadores ingleses publicado na Nature Communications Medicine, nesta quarta-feira (4/12), mostrou que sete em cada dez crianças e adolescentes se recuperam das consequências da Covid em até dois anos após a infecção.
A Covid longa, também chamada de Covid persistente, é caracterizada pela presença de um ou mais sintomas da doença após três meses do fim da infecção viral. Entre os sintomas característicos do quadro estão tosse, dificuldade para respirar e nevoeiro cerebral.
Os pesquisadores questionaram voluntários que tiveram Covid a cada três meses para avaliar diversos aspectos da recuperação e buscar possíveis consequências da Covid.
A investigação reuniu 943 pacientes que tinham entre 11 e 17 quando testaram positivo para Covid. As infecções ocorreram entre setembro de 2020 e março de 2021, período anterior ao surgimento da variante Ômicron.
Covid longa melhorou progressivamente
Entre os volintários, 233 tiveram sintomas três meses após o PCR positivo, confirmando o quadro de Covid longa. Três meses depois, o número já tinha caído para 135 e, após dois anos, apenas 68 deles continuavam com mais de um sintoma da doença.
A pesquisa indicou que quanto mais pobres as crianças, mais lenta foi a recuperação delas. Os que tiveram a Covid já mais perto da vida adulta, entre os 16 e os 17 anos, também tiveram probabilidade maior de seguir manifestando os sintomas.
“A notícia de que os pacientes se recuperaram na maioria dos casos é fabulosa mas ainda pretendemos fazer mais pesquisas para tentar entender melhor por que 68 adolescentes seguem com sintomas”, explicou o professor Terence Stephenson, líder do estudo.
A maior parte dos que ainda sentiam sequelas do vírus afirmaram sentir cansaço, problemas para dormir, dificuldades para respirar e dores de cabeça.
Com informações de IstoÉ