Por determinação da Justiça Federal, na tarde deste sábado (23) Ozeney da Costa de Oliveira e Jeferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, foram transferidos da 50ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) em Atalaia do Norte para Manaus, já que havia informações de um possível resgate dos presos, acusados de envolvimento nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, no Vale do Javari.
A dupla, presa por envolvimento nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips desembarcaram na tarde deste sábado no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus.
Conforme o Ministério Público Federal, o indigenista e o jornalista foram mortos porque Dom fotografou o barco dos acusados.
Conforme a polícia, dois enfermeiros colombianos chegaram a ir na delegacia de Atalaia do Norte para saber como estavam “Pelado da Dinha” e Oseney.
“Como a região é uma área de fronteira, e ao longo dos anos tivemos vários casos envolvendo grupos de guerrilheiros que faziam resgate de presos e criminosos em países da área, a melhor coisa foi transferir esses presos”, disse um agente policial.
Denunciados
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou três pescadores pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorrido no mês passado no Vale do Javari, no Amazonas.
Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Dantos”, e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, tiveram a denúncia aceita pela Justiça Federal do Amazonas e tornaram-se réus por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver, de acordo com nota divulgada pelo MPF.
A denúncia foi apresentada na última quinta-feira (21) à Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM), onde o processo tramita.
De acordo com o MPF, Amarildo e Jefferson confessaram o crime, enquanto Oseney teve sua participação comprovada por testemunhas.
Foto Motivou Crime
“O que motivou os assassinatos foi o fato de Bruno ter pedido para Dom fotografar o barco dos acusados, o que é classificado pelo MPF como motivo fútil e pode agravar a pena”, diz a nota.
Dom e Bruno desapareceram no Vale do Javari no início de junho. Depois de 24 horas sem dar notícias, as famílias de ambos fizeram o alerta pelas redes sociais e acionaram a polícia. Os corpos foram encontrados em um rio cerca de 10 dias depois.
O jornalista britânico teria sido morto por estar junto com Bruno ele estava no Javari fazendo pesquisas para um livro que escrevia para que não pudesse identificar os assassinos.
