Macchu Picchu, no Peru — Foto: Unsplash

O brasileiro Clederson Marques morreu na última sexta-feira dentro de um vagão de trem da empresa Peru Rail. O transporte percorria a rota Machu Picchu-Ollantaytambo, no Peru, de acordo com informações da delegacia de Ollantaytambo.

As testemunhas relataram que Clederson desmaiou repentinamente e começou a ter convulsões, apontam as mídias locais peruanas, mas as autoridades policiais informaram que a causa da morte foi uma parada cardíaca.

Segundo fontes que conversaram com a Agência Andina, Clederson estava convivendo com o “mal da montanha” — também conhecido como doença da altitude ou hipobaropatia — desde o último dia 11. A cidade de Ollantaytambo fica a 2.700 metros de altura em relação ao nível do mar.

O que é o ‘mal da montanha’?

O “mal da montanha” é uma doença causada pela falta de oxigênio devido a grandes altitudes. Isso se dá porque a medida que o local se torna mais alto, a pressão atmosférica diminui e o oxigênio disponível no ar se torna mais escasso. Como consequência, o corpo pode sofrer com diversos sintomas.

Sintomas

A condição tende a se manifestar em pessoas acostumadas a viver no nível do mar quando sobem para altitudes maiores que 2.500 metros. Os principais sinais e sintomas associados à doença da altitude são:

  • Dor de cabeça;
  • Cansaço;
  • Náusea ou perda de apetite;
  • Irritabilidade
  • Falta de ar recorrente;
  • Aumento da frequência cardíaca (para o suprimento de ar);
  • Inchaço das mãos, dos pés e da face (que passam a ficar azuis devido à falta de oxigenação do sangue);
  • Dor de cabeça.

O agravamento do “mal da montanha” pode levar a um edema cerebral de grande altitude (ECGA), quadro considerado raro, no qual líquidos se acumulam no cérebro, ou a um edema pulmonar de grande altitude (EPGA), acúmulo de líquidos nos pulmões, mais comum, que pode surgir 24 a 96 horas após uma subida rápida até mais de 2.500 metros.

Como evitar?

Para evitar o surgimento destes problemas de saúde, pessoas acostumadas ao nível do mar devem realizar a ascensão a pontos mais altos de forma lenta. Especialistas explicam que o controle da velocidade de subida (chamada subida graduada) e a aclimatação são essenciais para atividades em qualquer altura superior a 2.500 metros.

Nesse tipo de viagem, é importante beber água aos poucos, mas de forma constante. Outras recomendações são evitar esforço excessivo por um ou dois dias depois da chegada a um ponto elevado. Também se deve evitar o consumo de álcool, opioides e sedativos, principalmente pouco antes de dormir.

Com informações de O GLOBO

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