Nesta quinta-feira (6), a maquiadora Claudiele Santos da Silva, 34, deixou a penitenciária para cumprir prisão domiciliar. Acompanhada de seu advogado, Kevin Teles, Claudiele afirmou que seu envolvimento com a família de Djidja Cardoso era estritamente profissional.
“Eu trabalhava dentro do salão de beleza da Belle Femme e só ia à casa deles para atendê-los como cabeleireira e maquiadora. Marlisson [maquiador preso pela polícia] também é funcionário do salão de beleza”, disse Claudiele, em prantos, ao deixar a prisão. Ela afirmou que apenas a justiça poderá esclarecer o motivo de sua prisão.
“Não estou sob efeito de Ketamina, eu tenho pressão alta, sou hipertensa e estava passando muito mal, assim como passei mal na penitenciária todos esses dias”, acrescentou Claudiele, negando a existência de qualquer seita religiosa.
Claudiele afirmou que os familiares de Djidja Cardoso ainda não foram ouvidos pelas autoridades. “Eles [familiares de Djidja] vão explicar, eles não foram ouvidos”, disse ela, referindo-se à seita “Pai, Mãe, Vida”, que está sendo investigada pelo 1º Distrito Integrado de Polícia.
A maquiadora também negou a presença de ketamina na rede de salões Belle Femme, que foi alvo de apreensão policial. “Nunca teve nada dentro dos salões. As ampolas que estavam dentro do salão eram ampolas de shampoo e condicionador”, afirmou Claudiele.
Claudiele Santos da Silva foi presa em conexão com a morte de Djidja Cardoso, encontrada morta no dia 28 de maio com sinais de overdose de cetamina. As investigações revelaram a possível existência de uma seita religiosa envolvendo a família Cardoso e o uso de drogas. A maquiadora foi uma das pessoas detidas durante a operação, mas sempre manteve sua inocência, alegando que sua relação com a família era apenas profissional.
A decisão de permitir que Claudiele cumpra prisão domiciliar foi tomada considerando sua condição de saúde e as circunstâncias do caso. A maquiadora agora aguardará o andamento do inquérito policial em casa, enquanto as investigações continuam.
