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Márcia Goldschmidt abriu o jogo e detonou o SBT. A apresentadora, que comandava uma atração homônima na emissora no final da década de 90, revelou que se sentia perseguida e o motivo que a fez pedir o desligamento logo após a chegada de Ratinho.
“Eu gravava um programa em cima do outro, as pessoas me odiavam. As pessoas que já eram da emissora há muito tempo, botaram todo mundo contra mim. Os artistas, o elenco… Eu entrava no restaurante e sentava para comer sozinha”, contou.
Márcia pontuou que o caos se instalou por inveja, depois de ser sondada pela TV Globo: “Eu achava que não ia conseguir. Só Deus me dava força quando eu passava por trás do tapume e gravava ao vivo.”
SBT contra Márcia
A artista lembrou que, praticamente, o canal inteiro estava contra ela. “Às vezes, no meio do programa, ‘rodava’ tudo. Mas eu me segurava e ia. Vocês não têm noção do que era o SBT inteiro contra uma pessoa. Até os setores administrativos foram contaminados”, ressaltou.
Encontro com Silvio Santos
No papo com Daniela Albuquerque, no Sensacional, na Rede TV!, Goldschmidt detalhou um encontro com Silvio Santos. Ao saber que a famosa não tinha contrato e recebia um salário módico, demitiu toda diretoria executiva da atração.
“Eu fiquei super na geladeira, afastada e queimada. Meu tapete foi puxado porque eu não tinha experiência de bastidores de televisão. Apesar de sentir que aquilo estava acontecendo contra mim, eu nunca imaginei o motivo pelo qual aquilo acontecia”, refletiu.
Ela completou: “Eu não sabia que tinha uma máfia ali dentro. Comprando a imprensa pra falar de mim, para falar que meu programa era baixaria, que era montado.”
O caos foi por conta de Ratinho
Segundo Márcia Goldschmidt, tudo aconteceu para Ratinho pudesse alavancar a audiência. “Eu não tenho tempo de ter mágoa. Teve gente que não verbalizou ‘desculpas’, mas mudou muito o relacionamento comigo. Eu toco a vida pra frente. Eu sou uma sobrevivente, e sobrevivente não tem tempo pra chorar. Aconteceu? Aconteceu, bola pra frente”, comentou.
Sobre Ratinho, ela esclareceu que o veterano “soube jogar melhor”: “Ele conhecia o meio, sabia como manipular para ele crescer, eu tinha que sair de cena. Então, quer dizer, ele fez o jogo dele. Acho que ele foi bem esperto […] eu reconheço quando às vezes o adversário sabe ser mais esperto que você, tem melhores armas.”
Depressão e dignidade
Por fim, Márcia Goldschmidt garantiu que desenvolveu um transtorno psicológico por conta de toda pressão. “No final, eu fiquei [com depressão]. Imagina que você sai da sua empresa, vai para o sucesso estrondoso, depois vai para o fundo do poço. Eu estava recebendo meu salário, mas queria minha dignidade, minha liberdade”, concluiu. (Metrópoles)