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Uma megaoperação destruiu 12 dragas na Amazônia colombiana, segundo anunciado pelo diretor da Polícia Nacional da Colômbia, William René Salamanca, nesta quarta-feira. A ação, batizada de “Maloca Grande”, foi resultado de um esforço coordenado entre as autoridades locais, a Polícia Federal brasileira e a Interpol. Do lado brasileiro da fronteira, por sua vez, foram destruídas 7 dragas.

De acordo com Salamanca, os garimpos da região são uma fonte de financiamento para que uma grande facção criminosa brasileira, originária do Norte do país, compre armas, explosivos e insumos químicos.

Os garimpos tinham capacidade de extrair 23 kg de ouro ao mês, avaliados em R$ 7,3 milhões, no total. Mensalmente, 114 kg de mercúrio eram depositados nos rios Puré e Puretém e contaminavam 68,4 milhões de litros d’água. A região é habitada por indígenas Yurí e Aroje.

“A destruição de 19 dragas ajuda a recuperar o equilíbrio ecológico e a combater as alterações climáticas, evitando a contaminação mensal de 68,4 milhões de litros de água”, publicou o diretor da Polícia Nacional da Colômbia em sua conta no X, antigo Twitter.

As dragas destruídas no território brasileiro e colombiano eram avaliadas em R$ 61 milhões, segundo o estimado pelas autoridades.

— Estamos diante de uma histórica operação binacional contra a extração ilícita de jazidas mineiras, que visa proteger este pulmão do mundo — disse Salamanca, segundo o jornal El Tiempo.

A operação, batizada de Fronteira do Ouro no lado brasileiro, aconteceu entre sexta-feira e domingo, nos municípios do Japurá e Santo Antônio do Içá, no Amazonas. Segundo a PF, por se tratar de uma reigão distante e isolada, foram destruídas sete dragas, uma embarcação, uma retroescavadeira e uma balsa de combustível.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que também participou da operação, anunciou, na segunda-feira, ter aplicado R$ 16 milhões em multas a garimpeiros ilegais que atuam na região da fronteira.

Uma das balsas inutilizadas pelos agentes do Ibama e da PF estava ativa no momento da chegada da equipe. A embarcação era avaliada em R$ 5 milhões. Segundo o órgão, o prejuízo causado à atividade ilegal pela destruição dos equipamentos dos garimpeiros é de aproximadamente R$ 12 milhões.

Com informações de: O Globo 

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